LYDIA FISZUK MENDONÇA. Filha de Basílio e Tecla Colochek, dois jovens que vieram da Rússia com suas respectivas famílias para trabalhar no Brasil e que se conheceram no Estado do Rio Grande do Sul. “Os pais de Basílio e Tecla vieram para o Brasil por causa dos rumores de que aconteceria uma guerra e se conheceram na ferrovia onde trabalhavam. E como era costume então, fizeram um trato de casar seus filhos. E foi o que aconteceu”, diz Lydia.
Depois de casados, Basílio e Tecla vieram residir e trabalhar em São Paulo, onde Lydia nasceu. É a caçula; a 8ª filha.
Basílio lia a Bíblia em casa, mas não freqüentava igreja nenhuma. Tecla era uma católica praticante e levava os filhos regularmente na igreja. E foi na Igreja Católica que Lydia, aos 18 anos, casou-se com o jovem Arnaldo Mendonça, também católico. Casou-se e batizou os filhos Cíntia, Edilson e Alexandre na Igreja Católica.
Por causa do trabalho do Arnaldo, a família foi residir em Brasília, DF. Ele era gerente da empresa aérea Transbrasil, que hoje não existe mais. Em 1990 começou a frequentar a Igreja Batista de Brasília com os filhos, onde acabou por tornar-se membro.
Pouco tempo depois o filho Edilson tornou-se missionário da Igreja Assembléia de Deus nos Estados Unidos. Foi estudar, tornou-se missionário e até hoje é pastor naquele país. Lá se casou com a Joyce e têm o filho Gabriel, de 5 anos, que todo ano viaja ao Brasil para ver a avó e demais familiares.
Depois da aposentadoria do Arnaldo, em 1999, ele, Lydia e Alexandre vieram residir no Rio, para ficarem perto da filha Cíntia que havia conhecido o Renato lá em Brasília, onde este foi fazer um curso. Cíntia e Renato namoraram por um ano e pouco, casaram-se e vieram morar no Rio. “Tenho uma família maravilhosa. Renato e Cíntia são maravi-lhosos! É maravilhoso ter a oportunidade de morar perto dos netos Guilherme e Felipe e poder vê-los crescer, se desenvolverem.”
No Rio, Lydia participou ativamente da Igreja Universal do Reino de Deus por um pe-ríodo. O esposo Arnaldo continuava católico praticante.
Logo que a Igreja Metodista de Vila Isabel abriu a sua Congregação no bairro do Grajaú e que se reunia na Escola Corujinha, na Rua Marechal Jofre, a filha Cíntia passou a freqüentá-la. Cíntia e os filhos ficaram na Congregação por alguns anos, mas, sobretudo por causa da falta de estrutura para as crianças, ela veio para a Igreja de Vila Isabel onde está até hoje com o esposo Renato e os filhos.
Em 2006 a Cíntia convidou a Lydia e o Arnaldo para participarem em um culto onde celebrávamos o Dia do Vizinho. O convite foi aceito. Lydia voltou outras vezes como visitante. Até que no domingo de carnaval em 2007, mesmo com a igreja esvaziada por causa do feriadão, tomou a decisão de ser membro da Igreja Metodista de Vila Isabel. O filho Alexandre acompanhou a mãe nessa decisão. Lydia e Alexandre tornaram-se membros da Igreja.
Em 2009 o Arnaldo, esposo da Lydia, faleceu vítima de um infarto. “Era uma 6ª-feira. Eu e o Alexandre acordamos cedo, tomamos café e fomos à feira. Ao regressarmos estra-nhamos que o Arnaldo ainda estivesse dormindo. Fui acordá-lo e, infelizmente, ele havia falecido.”
Lydia participa ativamente da Igreja. Dos cultos, da Escola Dominical, da Sociedade de Mulheres e do Ministério de Missões e Evangelismo. “Além do acolhimento que tive aqui na Igreja por parte de todas as pessoas, o que mais me chamou atenção na Igreja de Vila Isabel é o acesso que a gente tem aos pastores. Eles são acessíveis, estão disponí-veis para a gente. Nas outras igrejas onde passei era os pastores não falavam com a gen-te. Ganhar um abraço de pastor era impensável. Aqui na Vila a gente tem sempre um sor-riso e abraço. Da igreja e também dos nossos pastores”, conclui Lydia.
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