Davi Fernandes de Souza aos 91 anos, completados em janeiro último, está de volta à Igreja Metodista, após ter permanecido por aproximadamente 60 anos afastado da igreja em que nasceu.
Davi é o quinto filho dos oito do casal Antônio e Maria das Dores. Até a década de 40 a família era membro da Igreja Metodista de São João – ICP, que recentemente teve seu nome mudado para Igreja Metodista da Gamboa. Na Igreja locali-zada na área portuária do Rio, o pai chegou a presidir a então poderosa e “temível” Junta de Ecônomos, que no final da década de 80 foi extinta e substituída pelo Ministério da Ação Administrativa, o MAAD. Os irmãos mais velhos tocavam instrumentos musicais. A Igreja de São João era uma grande igreja com muitos jovens e adolescentes e muita gente de classe média que lá participavam. Foi o Rev. Tucker, fundador do Instituto Central do Povo (ICP) quem recebeu os novos membros.
Nascido a 18/01/1920, nos anos 1930, Davi foi estudar no Instituto Metodista Granbery, em Juiz de Fora, MG. Gostava muito de sua igreja, da Escola Dominical e de cantar as músicas do hinário, que ele define como “orações cantadas”. Com seus pai e irmãos, levantava cedo e participava do culto doméstico às 6:30h, antes de tomar o café da manhã e ir para o trabalho na fábrica de móveis da família.
Em 1938, o ecônomo Antônio de Souza foi internado com bronquite asmática produzida pela serragem dos móveis que fabricava. O pai de Davi, que integrava o conselho fiscal do Hospital Evangélico do Rio de Janeiro, foi desenganado e o tratamento foi suspenso. A família ficou apreensiva e acabou, por influência de um parente, buscando ajuda num centro espírita. O Sr. Antônio melhorou e atribuiu sua cura às pílulas que tomou. Lamentavelmente o pai de Davi deixou a igreja, sendo acompanhado pela família. Isso foi nos fins dos anos 40.
Mas Davi teve apenas rápida passagem pelo kardecismo. Porém, já não ia mais à igreja, pois algum tempo depois de casado com a jovem paulistana Mercedes, adquiriu uma casa em Teresópolis e ali passava os seus fins de semana com a família, aumenta-da pelos filhos Davi e Madalena Maria.
Sem professar uma religião, Davi mantinha saudades de sua igreja e desejava vol-tar. Desde menino, ele considerava Deus seu amigo pessoal. Quando ia à escola, a mãe, Dona Maria, o abençoava dizendo “– Vá com Deus!” e Davi respondia: “– Deus é meu amigo, mãe!” Davi Fernandes ainda guarda o hinário que ganhou, em 1934, da missionária norte-americana Mrs. Matthews, que na dedicatória citou a primeira carta de Paulo a Timóteo: “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (4.12).
Depois de ter ficado viúvo, Davi vendeu a casa de veraneio e, sentindo falta da igreja e dos estudos bíblicos, tomou a decisão de vir à Igreja Metodista de Vila Isabel. Foi logo acolhido e ingressou na Classe de Integração, da Escola Dominical, para quem deseja ser membro da igreja. No dia 23 de março de 2007 Davi tornou-se membro da igreja.
Chova ou faça sol, Davi frequenta assiduamente os cultos dominicais e a Classe de Discipulado. “É preciso recuperar o tempo em que estive longe!”.
Com toda certeza, podemos dizer: Davi, você é uma bênção! Um milagre de Deus!
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