IGREJA METODISTA EM VILA ISABEL
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Biografias – Gente da Vila
Rio, 21/4/2007
 

Joaquim Francisco Ferreira

Joaquim Francisco Ferreira: mais um herói da Vila que se vai

João Wesley Dornellas

Sepultamos nesta semana mais um dos heróis de nossa igreja. Joaquim, o nosso Quincas, marcou a história da Igreja de Vila Isabel por mais de 50 anos.

Eu o conheci no final dos anos 40 como líder de nossa mocidade. Ele era também um dos líderes da Federação dos Jovens , juntamente com Nelson Alves Peixoto, outro herói da Vila, seu cunhado, irmão que era de nossa querida Elzira.

Quando cheguei a Vila Isabel, no final do ano de 1963, eu pude perceber uma outra faceta muito importante do nosso Joaquim. Ele não era mais o líder da mocidade; já havia ultrapassado a idade limite, 30 anos, para ser sócio ativo da sociedade de jovens de Vila Isabel. Mas isto não o impedia de estar sempre presente em todas as programações, participando das saudosas devocionais e dos cultos que os jovens promoviam nas segundas feiras no Hospital Evangélico. Para não falar do futebol de salão, cuja participação como torcedor fanático do nosso time nos torneios de Inhoaíba em cada 1º de maio, acabou fazendo com que desenvolvesse um grande amor pela obra do Orfanato Ana Gonzaga, sendo um dos mais esforçados líderes na preparação da participação de Vila Isabel naquela festa. Como disse o Sérgio em seu enterro, ele começava a planejar a barraca da Vila do próximo ano já no dia 2 de maio, no dia seguinte ao da festa.

Para mim, um dois trabalhos mais importantes que o Joaquim desenvolveu em nossa igreja foi o trabalho na Penitenciária Lemos de Brito, realizado por um abnegado grupo de saudosos irmãos todos os domingos pela manhã. Joaquim era incansável nesse difícil trabalho.

Poucas semanas antes de sua morte, nós conversávamos sobre aquele trabalho e ele não podia conter o seu entusiasmo ao lembrar alguns detalhes. Do trabalho que fazia.

Fora da igreja, ele tinha duas grandes paixões. A primeiro, o Lions Club, do qual era ativo participante, indo a convenções e participando de muitas atividades especiais. A outra, que eu também tive, era o Fluminense. Muitas vezes nos encontrávamos no Maracanã mas, em vez de conversarmos sobre futebol, o assunto era a igreja, uma paixão que, para o Quincas, era maior, muito maior do que as outras duas.

As ceias da passagem do ano, uma tradição de nossa igreja que se espalhou por muitas outras, sempre tinham a mão de Joaquim. Ele conseguia doações de frutas e outras coisas, muita coisa ele pagava do seu próprio bolso e o fato é que aquelas ceias que tinham a participação dele era bem diferentes, bonitas, com uma variedade enorme de comidas, frutas e sobremesas. Sua alegria era contagiante.

Ultimamente, sua principal atividade era cantar no Coral Henrique Soares. Foi uma das pessoas que ficaram mais felizes com a criação da classe do Coral, participando sempre das discussões e chegando cedo. No final de sua vida, andou meio deprimido, um pouco nervoso mas nunca deixou-se vencer pelo desânimo e, apesar de muitas críticas veementes que fazia a certas coisas na igreja, ele a amava muito, estando preocupado com a perda de sua identidade de doutrina e prática. Na última vez que veio ao templo, logo antes da cirurgia, batemos um ótimo papo e, apesar de sua inquietação, estava confiante que as coisas iriam correr bem. Infelizmente, suas previsões não se confirmaram.

Damos graças a Deus pela vida de Joaquim e pela dedicação que tinha à igreja. Ele vai fazer falta. Deus seja louvado por tudo e que Ele conforte Aidinha e toda a família..

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