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Biografias – Bispos(as) Metodistas
Rio, 21/4/2007
 

Lawi Imathiu, primeiro africano na presidência do Concílio Munidal Metodista

Prêmio Mundial Metodista da Paz homenageia líder queniano

O Bispo Lawi Imathiu, primeiro africano a ocupar a posição de presidente do Concílio Mundial Metodista, entre 1986 e 1991, foi homenageado com o Prêmio Mundial Metodista da Paz. Atualmente, ele é bispo honorário da Igreja Metodista do Quênia e atua como Secretário para o continente africano da Divisão de Evangelismo do Concílio Mundial.

Bispo Imathiu nasceu numa família crista em Mery, no Quênia. Seu pai converteu-se ao cristianismo ainda era criança, em 1910, sendo um dos primeiros cristãos da tribo Meru, localizada no sopé do Monte Quênia. Imathiu freqüentou a Escola de Missão Metodista no primeiro e segundo graus e no treinamento de professores. Após lecionar por um ano, aceitou o chamado para o ministério pastoral e estudou na Universidade Teológica de St. Paul, em Nairobi. Ele complementou seus estudos na Universidade de Londres e Limuru e na Universidade Epworth, no Zimbábue. Pelo Seminário Teológico Claremont, na Califórnia, recebeu o título de Mestre e pela Universidade de Emory, o título de Doutor em Teologia, em 1990.

O Bispo Imathiu serviu como pastor, superintendente distrital, presidente e primeiro Bispo da Igreja Metodista do Quênia. Em 1974, foi nomeado membro do Parlamento na nova nação queniana pelo Presidente Jomo Kenyatta, e serviu durante cinco anos. Foi o único clérigo a ser nomeado para o Parlamento por um Presidente.

Durante seu mandato no ministério, a Igreja Metodista experimentou um crescimento de 8.000 membros em 1970, para mais de 225.000 no ano de 2000. A Igreja Metodista do Quênia se tornou uma igreja missionária, criando missões entre os povos Boran, Kisii e Masai e iniciando trabalhos metodistas na Uganda e na Tanzânia. Como um líder cristão engajado, seu ministério é caracterizado por uma visão integral, lutando em favor da justiça e da paz.

Em 1977, quando Idi Amin, o violento tirano de Uganda, tentou silenciar o testemunho da igreja ordenando a morte do arcebispo da Igreja Anglicana de Uganda, Imathiu num ato de coragem chamou Idi Amin de assassino e opressor. A imprensa em toda a África expressou grande assombro por um africano ter a coragem de chamar outro africano de "opressor". Foi a primeira vez que isso aconteceu no continente. Bispo Imathiu, como cristão e líder político nacional, veio à frente em busca de justiça e paz na África do leste e em todo o continente. Imathiu serviu somente cinco anos como membro do parlamento porque sentiu que poderia falar e liderar mais abertamente como um líder do movimento metodista em crescimento no leste da África.

Em 1986, Imathiu tomou-se o primeiro africano a estar a frente do Movimento Mundial Metodista. Na Conferência Mundial Metodista em Nairobi, o Concílio Mundial Metodista clamou pelo fim do apartheid e pelos grilhões que escravizavam o povo na África do Sul.
Autorizado pelo Concílio Mundial, Lawi Imathiu liderou a delegação na visita ao Presidente Botha na África do Sul. De um africano para outro, Imathiu abertamente clamou ao Presidente Botha para que libertasse Nelson Mandela da prisão e removesse as algemas do povo. Com imensa habilidade, equilíbrio, graça, coragem e força, ele criativamente apresentou um claro desafio e solicitação ao Presidente Botha: "deixa meu povo ir". Uma segunda delegação do Concílio Mundial Metodista encontrou-se com o Presidente de Klerk oferecendo novamente o desafio consistente e a solicitação para libertar Mandela, um metodista, e pela República da África do Sul, para que extinguisse o sistema opressor do apartheid.

O impacto de todo o Movimento Mundial Metodista, liderado pelo corajoso Imathiu estava entre as vozes que contribuíram para a mudança e reconciliação da África. Isso foi dramaticamente demonstrado em fevereiro de 1990 com a libertação de Mandela e o movimento pela paz, justiça, democracia e reconciliação para todo o povo da África do Sul.

Com uma liderança transparente, corajosa e compassiva, Lawi Imathiu sempre levou o Movimento Metodista a refletir a Cristo Jesus, o Príncipe da Paz e Salvador do mundo. Ele se encontrou com líderes religiosos do continente e outras partes do mundo e encorajou o povo metodista a refletir a unidade e a fidelidade da igreja. Esta voz persistente continua a clamar ao povo pela paz, por um caminho de retidão, justiça e reconciliação.

Como um líder em seu amado país, ele foi um visionário, pois planejou e fundou a Universidade Metodista do Quênia. Esta realização importantíssima na primeira década do novo milênio está comprometida em levantar lideres cristãos nas diferentes áreas de negócios, agricultura, política, economia e na igreja. Atualmente o bispo Imathiu é um dos líderes em seu país que esta trabalhando para elaborar a nova constituição queniana.

Lawi Imathiu dedicou sua vida inteira como um seguidor do Senhor Jesus Cristo e mais de 50 anos como um advogado corajoso e criativo na causa da paz e reconciliação em todo o mundo, especialmente no continente africano. Seu testemunho fiel reflete os valores e critérios para recebimento do Prêmio Mundial Metodista da Paz: coragem, criatividade e consistência.

A entrega do premio foi feita pelo atual presidente do Concilio Mundial Metodista, Bispo Sunday Mbang, em 29 de janeiro de 2006, durante uma cerimônia na Igreja Metodista do Quênia, em Meru.

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