IGREJA METODISTA EM VILA ISABEL
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Biografias – Pastores(as) Metodistas
Rio, 22/4/2007
 

Uriel Teixeira, pastor por vocação e metodista por opção

Uriel Teixeira, pastor por vocação e metodista por opção

Por Beatriz Rocha

No dia 16 de julho de 1941 nascia em Raul Soares (MG), Uriel Teixeira. Seus pais, João Teixeira da Silva, evangelista, e Augusta Rodrigues da Silva eram metodistas e tiveram mais três filhos: João, Bárbara e Levingston Teixeira. A primeira menção sobre o pastorado em sua vida surgiu em resposta a uma promessa feita por sua mãe quando ele tinha cinco anos e contraiu tétano. “Se Deus o livrasse da doença, ele seria pastor”, dizia ela.

Em uma noite de 1958, quando freqüentava a Igreja Metodista em Barra Mansa, Uriel sentiu o chamado de Deus quando o pastor Daniel Bonfim falava sobre o chamado de Abraão, em Gênesis 12. Ali, o jovem decidiu fazer a profissão de fé e, no ano seguinte, ingressou no Instituto Metodista Granbery (MG) para iniciar os estudos, concluídos em 1965 na Faculdade de Teologia de São Paulo.

Em 1966, Uriel recebeu do bispo Natanael Inocêncio Nascimento, da 1ª RE, sua primeira nomeação pastoral: as igrejas de Búzios, Manguinhos e Baía Formosa, na Região dos Lagos (RJ), onde permaneceu por um ano.

“Sempre que estou em Búzios sou apresentado nas igrejas como o primeiro pastor residente na cidade. Antes, os outros vinham de Cabo Frio”, conta. Durante seu pastorado na região, a Igreja Central de Búzios ficava na Praia dos Ossos, mas recebeu da Companhia Odeon a doação do terreno atual. Hoje, a igreja na Praia dos Ossos é considerada histórica. Uriel foi ainda um dos responsáveis pela fundação, em 1976, do primeiro curso supletivo na colônia de pescadores da cidade, ao lado das professoras Osmara e Osni Massolar Chaves.

No ano seguinte, foi nomeado para as igrejas de Itaocara, Laranjais, Vargem Alegre, Água Preta e Valão do Barro, onde ficou um ano também. Nesta época Uriel sentiu que precisava aprofundar seus estudos teológicos e, com recomendação do rev. Nilton de Oliveira Garcia, foi contemplado com uma bolsa em Buenos Aires, Argentina, retornando ao Brasil em 1970. Foi então nomeado para a Igreja de Guarus, em Campos, e seis meses mais tarde, substituindo o missionário Ted Cowell, que saíra de férias, foi para a Igreja Central de Itaperuna, auxiliando ainda a de Porciúncula.

Um ano depois, Uriel solicitou licença e, no tempo em que ficou afastado, procurou avaliar seu chamado para o ministério, permanecendo na casa de sua mãe em Barra Mansa até 1975. Na época, ele lecionava as matérias de Estudos Sociais, OSPB, Moral e Cívica e Sociologia na cidade. Nesse período, complementou sua formação em filosofia e foi coadjutor do rev. James Tims em Volta Redonda e do pastor Eugênio Sias, na Igreja Central em Barra Mansa e na de Vila Nova. Em 1973, Uriel foi nomeado para as igrejas Central de Resende e Macedônia e como capelão protestante dos cadetes da Academia Militar de Agulhas Negras (Aman).

Em 1974, Uriel precisou se afastar do magistério e do pastorado por problemas nas cordas vocais, sofrendo cinco intervenções cirúrgicas, sem êxito total. No ano seguinte foi convidado pelos reverendos Messias Amaral dos Santos, na ocasião diretor do Bennett, e Assir Goulart para auxiliar na criação de um serviço de orientação religiosa no Bennett. Também ajudou na formação do departamento de Teologia, sendo convidado pelo pastor Juracy Sias Monteiro para assumir as cadeiras de História da Igreja e de Metodismo, no antigo Seminário Metodista César Dacorso Filho.

De 1975 a 1984, Uriel Teixeira pastoreou várias igrejas da 1ª RE, sendo cedido em 1985 apenas para o Seminário César Dacorso, que dirigiu em 1982 e no período de 1988 a 1994. Na década de 80 também trabalhou como obreiro no Instituto Metodista de Ação Social (Imas) com Livingstone dos Santos Silva e depois com o pastor Isaías Mendes, retornando ao Bennett em 1988 a convite de Livingstone. Participou ainda como coordenador, da reestruturação do departamento de Teologia e de Filosofia das FIB. Em 1988, Uriel retomou o pastorado, na Igreja Metodista de Mutuá, onde permaneceu por 13 anos.

No Bennett, lecionou nos cursos de Economia, Artes, Administração, Direito e Arquitetura, dando aulas de Antropologia, Ética e Teologia e Cultura. Auxiliou também na criação dos cursos de Filosofia, na fundação da FaCe, voltada para a terceira idade, e na transformação, em 1994, do antigo Seminário Metodista em curso bacharel de Teologia. Em nível regional, foi integrante da Comissão de Convalidação, que analisa academicamente os pedidos de ingresso no ministério pastoral, e trabalhou junto aos Jovens. “Sempre acompanhei com muito interesse e várias vezes participei ativamente como pastor da Federação de Jovens”, disse.

Uriel foi ainda conferencista de 1993 a 1995, na área de Ciências Sociais e Filosofia da Uerj, e tem sua última conferência, sobre História do Protestantismo com enfoque no Brasil, gravada no Museu da Imagem e do Som. Uriel é co-autor, ao lado de Livingstone dos Santos Silva e Lincoln Araújo dos Santos, do livro “Democracia, participação e voto distrital”, sobre Ciências Políticas. Ele é autor do compêndio sobre História da Teologia Metodista, usado nos Núcleos de Capacitação e de um livro sobre História das Religiões, que será publicado pela Alfalite /Brasil, entre abril e maio deste ano. Uriel também foi responsável pela tradução do livro “Pelas trilhas do mundo, a caminho do Reino”, do teólogo uruguaio, Júlio Santana.

Casado há 29 anos com Ruth de Souza Teixeira, Uriel tem três filhos e cinco netos, e criaram ainda um casal de sobrinhos. Ele conheceu a esposa em Mata da Cruz, Campos. De origem batista, Ruth, professora primária aposentada com formação em Educação Cristã, hoje é metodista. “Ela é uma pessoa muito compromissada com a obra de Deus e auxilia na Igreja Metodista em Mutuá”, conta.

Atualmente Uriel está sem igreja local, mas integra há quatro anos os projetos do Núcleo de Capacitação, coordenando a área de História do Metodismo, dando aulas no curso de Ensino Religioso e na segunda turma do Regime Especial. Nas FIB, atualmente é coordenador das áreas de Teologia e História e do Núcleo de Pesquisa e Extensão da Faculdade de Teologia do Bennett, além de professor da cadeira de História da Igreja.

“Sou pastor por vocação e metodista por opção. Amo a Igreja Metodista, a quem devo tudo e que para mim é uma bênção permanente. Sou grato a Deus pelos meus companheiros de pastorado, por quem tenho grande apreço e amizade, pelas minhas igrejas e por meus alunos de teologia, com quem aprendo a cada dia. ‘E até aqui o Senhor tem me ajudado e o melhor de tudo é saber que Deus está conosco’. Maranata!”, concluiu ele.


OLHO

Amo a Igreja Metodista, a quem devo tudo e que para mim é uma bênção permanente. Sou grato a Deus pelos meus companheiros de pastorado, por quem tenho grande apreço e amizade, pelas minhas igrejas e por meus alunos de teologia, com quem aprendo a cada dia.

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