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Discipulado
Rio, 4/12/2007
 

Seguir a Cristo: o real sentido do discipulado cristão

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Ao estudamos o Novo Testamento deparamo-nos com muitas menções à palavra “discípulo”, as quais a levam a adquirir um sentido que vai além da origem do termo.

Originalmente a palavra discípulo era utilizada para significar “aprendiz, estudante”. Como quando relacionada aos aprendizes de filósofos, na Grécia, ou dos rabis, da tradição dos judeus. No entanto, nos evangelhos, a palavra é atribuída às pessoas que rodeavam Jesus como mestre, e, de forma distinta às outras experiências de discipulado, essas pessoas respondiam a um chamado.

O discipulado nos evangelhos é resultado de uma iniciativa de Jesus. Revela-se não uma adesão intelectual mas um acolhimento voluntário da palavra de Jesus e a busca de colocá-la em prática. Isto acontecia também com quem não foi chamado explicitamente por Jesus mas foi alcançado por sua ação. Em outras palavras: discipulado, conforme nos relata os evangelhos, é experiência de fé e compromisso.

E mais: os evangelhos ensinam que, diferente de outras tradições, em que pessoas eram discípulas para, no futuro, se tornarem mestres, tornar-se discípulo de Cristo é seguir o Mestre sem reservas e é para toda a vida.

Discipulado: chamado para seguir a Jesus
Ao lermos os evangelhos aprendemos que seguir é caminhar atrás de Jesus. Isto significa fazer das opções e atitudes de Jesus a orientação da vida. Situar onde ele se situou, andar com quem ele andou, evitar o que ele evitou. Os discípulos viam o que Jesus realizava e ouviam o que ele dizia. Com isso descobriram formas de cumprirem a missão de continuar a espalhar o Reino.

Esta atitude revela a dinâmica que a fé tem que ter: aquele/a que segue (anda atrás de) Jesus deve estar sempre caminhando para não perder de vista aquele que vai na frente em direção à vontade do Pai, ou, em outras palavras, para cumprir a vontade de Deus.
O chamado, portanto, implica ir até o ponto de tomar a cruz, o que significa ir até o fim, sem descartar o sofrimento. Estar com Jesus, seguir a Jesus, caminhar com Ele, é participar da sua missão – estabelecer o Reino de Deus – e do seu destino – a cruz (Mc 8.34-48)

Foi seguindo o Mestre que os discípulos descobriram quem era ele. No nosso caso, ao decidirmos seguir sem ter a presença física de Jesus, o seguimento representa nos situarmos onde Jesus se situou – em especial no mundo dos pequenos (os desconsiderados) – e acolher as atitudes de Jesus como se fossem nossas.

Discipulado: chamado ao serviço
Ser discípulo/a, portanto, é fazer a vontade de Deus. Implica serviço.
O chamado para seguir era também um chamado para ser colaborador. O serviço passa a ser uma atitude do/a discípulo/a. Aquilo que era pouco honroso perante o ser humano (servir) foi o que era mais valorizado para Jesus. Ele ensinou que o mínimo que os seguidores fazem aos pequenos (os desconsiderados) é ao Senhor que fazem. É isto que vai ser cobrado dos seguidores... (Mt 25. 31-46)

O seguir a Jesus, portanto, não é para contemplá-lo tão só mas para dar prosseguimento à instauração do Reino de Deus. Os discípulos são enviados ao mundo para transformá-lo para que Deus seja visível nessa realidade.

Um dos maiores desafios do nosso tempo é recuperar este sentido do discipulado apresentado nos evangelhos. Compreender o discipulado não como estratégia de desempenho quantitativo, de captação de novos membros para as igrejas, mas, de busca de qualidade e fidelidade aos princípios do evangelho, ainda que sejamos poucos. Afinal, seguir a Cristo é o real sentido do ser cristão.

(*) Texto Publicado na Revista Mosaico Apoio Pastoral, agosto de 2005.

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