As prévias eleitorais, em todo o mundo, costumeiramente induzem homens e mulheres à erros infantis.
Faltam recursos fidedignos para avaliar os candidatos e sobram “montagens” marqueteiras que, obviamente, tentam um “produto” como se fossem artigo de vitrine.
As mulheres conhecem algumas práticas de lojas “chiques”: Elas possuem espelhos que reduzem a silueta.
Ao chegar em casa, diante do espelho “rotineiro”, descobre-se a farsa: os pneuzinhos estão ali, as dobrinhas de gordura denunciam que o espelho da loja “chique”, faltou com a verdade...
Já os homens se iludem com imagem de “vencedores” exaltada na propaganda eleitoral e poucos avaliam que na prática de suas vidas as vitórias demoram muito a chegar, mesmo e apesar do trabalho duro na fábrica, na lavoura, no escritório, no volante de táxi ou mesmo na sua pequena empresa de findo quintal.
É preciso ter em mente que, infelizmente, o momento da campanha eleitoral nos moldes atuais, pouco colabora para informar os eleitores, a tônica é a sedução. Os marqueteiros os tratam como fazem as funcionárias das boutiques “chiques” com muito paparico e promessas diante do espelho mágico da tela da TV.
Fechadas as urnas, a realidade nua e crua do cotidiano cobrará de homens e mulheres o preço daquele poder precioso desperdiçado na hora do voto.
Um minuto, determinará 4 anos de melhor ou pior acesso aos direitos, que não são gratuitos, como afirmam alguns candidatos. São pagos através dos impostos, que no Brasil, é um dos mais caros do mundo e parte deles vai para o bolso dos corruptos.
Por isso a importância de se observar as campanhas milionárias, financiadas por empresas e indivíduos, o pagamento desses favores não sairá do bolso dos candidatos e sim dos postos de saúde, dos hospitais, das creches, do salário dos professores, da segurança, da iluminação das e conservação ruas, enfim...
Deixar-se seduzir é ouvir e aceitar o que parece muito agradável no momento. É sentir-se como único e especial. E é quase impossível julgar isso como “pecado”, pois de fato, homens e mulheres que vivem nos países de terceiro mundo, pagam impostos tão “pesados” que teriam o direito de serem tratados com toda “pompa e circunstância” sempre e não apenas nas eleições.
Mas enquanto essa mágica não acontece, a saída é fugir do espelho enganoso das campanhas eleitorais e votar com mais razão que emoção.
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