IGREJA METODISTA EM VILA ISABEL
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Rio, 14/1/2009
 

Esperança não é espera

Elias Boaventura


 


Estou tomado de esperança de que com a chegada do novo Reitor da UNIMEP, abre-se oportunidade excelente para que a Instituição retome seu rumo, do qual nunca deveria ter-se afastado, prosseguindo sua caminhada de universidade compromissada, confessional, ecumênica e autônoma.

Creio, entretanto, oportuno considerar que esperança não se confunde com a simples espera, que se limita a remeter os problemas ao futuro incerto e distante, tomando a postura de aguardar que a solução venha só de quem cabe esperar iniciativas de reconstrução.

Quando falo de esperança, refiro-me a produto de ação concreta, participativa, com os pés fincados no passado, que respeita e preserva no gerenciamento politicamente inteligente do presente. Diferente da espera que sempre quer adiar o futuro, a esperança quer antecipá-lo e dar-lhe a forma visível com os dados já disponíveis.

Daí o tempo novo, em que passado, presente e futuro se misturam, interagem-se e tornam-se força transformadora capaz de acenar para dias melhores.

Para que possamos dar corpo e fortalecer a esperança, que neste momento se nos apresenta como um embrião, ou um promissor botão de rosas prestes a abrir, cabe-nos algumas iniciativas claras e já, enquanto participantes do processo, que é dinâmico e complexo.

Em primeiro lugar, precisamos sustentar uma atmosfera de credibilidade entre todos os envolvidos no processo, para que se possa obter um diálogo transparente e produtivo.

A partir deste ponto conquistado, alcança-se campo de compreensão em que não há lugar para a desqualificação e demonização dos interlocutores que, embora diferentes, não são antagônicos e não podem ser tratados como inimigos.

Já temos experiência suficientemente sedimentada, que tentativas doentias de rejeição dos gestos de generosidade do outro e a desconsideração com os pactos celebrados não criam parcerias; ao contrário, ampliam resistências e dificultam a possibilidade de avanço do processo, uma vez que joga por terra a credibilidade

Por outro lado, faz-se necessário que os segmentos envolvidos se esforcem para conseguir um acerto de linguagem em torno de conceitos e categorias trabalhados ao longo dos conflitos vividos, tais como: idéia de universidade, autonomia universitária, confessionalidade, relação de trabalho, papel dos servidores e alunos da Instituição, limites e privilégios da entidade mantenedora, carreira docente, valor de regimentos e estatutos, campo de ação dos órgãos internos da universidade, como Conselho Universitário e outros.

Aqueles que vão participar das conversações internas devem estar conscientes, que em função dos muitos sofrimentos vividos pelos participantes do movimento, da maneira lenta e por longo período de indiferença com que agiu a Mantenedora, das muitas e graves injustiças cometidas contra a Academia, bem como a servidores em geral, o diálogo será difícil e exigirá paciência, firmeza, transparência e flexibilidade de todos.

Tenho de fato muita esperança que alcançaremos êxito, que o projeto UNIMEP, que a tornou diferenciada, continuará avançando de modo acelerado e será vitorioso, apesar das grande perdas; mas, minha esperança, que não é simples e cômoda espera, baseia-se no pressuposto de que neste novo tempo que se inaugura com o próximo Reitor, sindicatos não sejam considerados demoníacos, professores acolhidos como parceiros que também lutam pela Instituição; e não corporativistas interesseiros, assim como também funcionários e nossos alunos que, mais do que clientes, são pessoas que amamos e desejamos vê-los felizes e realizados.

Para alcançarmos este patamar faz-se necessário que dialoguemos; que, sobre tudo, exercitemos nossa capacidade de ouvir o outro e de compreender suas razões.

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