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Rio, 20/6/2009
 

Fruto de arrependimento - Parte 2

Pr. Hebert Junker


 

Na primeira parte dessa reflexão eu dizia que confessar os pecados um por um (para Deus e para a pessoa contra quem pecamos) e sentir a dor causada por cada um deles é o que Deus requer de nós, em lugar do costumado “Perdoa a minha “multidão” de pecados, Senhor!”. Tem que falar com todas as letras: “- Senhor, tenho sido instrumento do diabo! Tenho feito isso, e isso, e mais isso...”

Gosto de exemplificar esse princípio com a parábola dos lavradores maus, que Jesus contou em Mateus 21.

A parábola diz que um homem plantou uma vinha, cercou-a, colocou uma torre nela e arrendou-a a certos lavradores, afastando-se do país por um tempo. À época dos frutos, conforme combinado, mandou seus servos para receber dos arrendatários os frutos que lhe diziam respeito.

Quem plantou a vinha foi Deus; quem a arrendou fomos nós. Saiba que primeiro ele vai lhe permitir que viva a sua vida cristã; que governe seus próprios caminhos; que administre “os bens” que lhe “arrendou”. Mas você nunca pode perder de vista que Deus espera que você produza frutos. E que vai chegar o tempo, quando Ele virá a você em busca deles.

Os lavradores judiaram dos servos do dono da vinha. Ele enviou outros, em maior número, a quem os arrendatários fizeram o mesmo. O dono da vinha enviou, então, seu próprio filho, para cobrar os frutos. Os lavradores mataram o herdeiro. Então, Jesus perguntou: “- Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?”
A resposta à pergunta deve fazer você meditar sobre o caso. “- Fará perecer miseravelmente a esses maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe entreguem os frutos.” A conclusão de Jesus deve levar você a tomar posição com respeito à sua vida: “-O Reino vos será tirado, e será dado a um povo que dê frutos.”
O princípio da rejeição de quem não produz frutos é reforçado na parábola da figueira estéril (Lc 13). Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha; e indo procurar fruto nela, por três anos consecutivos, não o achou. Mandou o viticultor cortá-la, mas este insistiu em dar-lhe mais uma chance - um ano mais -, para que pudesse cavá-la e adubá-la adequadamente.

Dos versos 22 ao 27, descobrimos o contexto que Jesus usou como pano de fundo para essa parábola: de expectativa por frutos; de posicionamento. Ele advertiu os discípulos para que fizessem de tudo para entrar pela “porta estreita” – e não escondeu que não seria fácil consegui-lo -, porque chegará o tempo quando ela será fechada e muitos vão bater nela, querendo entrar, mas não lhes será possível. E o que o Senhor lhes dirá? – “- Não vos conheço. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniqüidade!”

Na verdade, produziram fruto; mas foi de iniqüidade. E foram lançados fora do Reino - onde haverá choro e ranger de dentes. Fruto hoje é a volta ao primeiro amor, à vida profunda de consagração; é abandonar o pecado e praticar o arrependimento e a confissão.

Há muita gente que já nem ouve mais a voz de Deus, porque tem formado dentro de si uma casaca tão grossa de arrogância, de presunção, de complacência com a sujeira, com a malícia, com a falta de integridade! Há tanta “maracutaia” guardada; tanta coisa mal resolvida, mal confessada, mal arrependida!

Precisamos passar por um avivamento, onde as pessoas caem no chão urrando por seus pecados, pedindo ao Pai que revele toda impureza escondida, todo homicídio cometido no coração, toda atitude errada, de motivações erradas, de um coração errado, de caminhos errados, de obras erradas, de um caráter errado!

Se não nos encontrarmos com a gravidade das implicações do pecado, vamos ser um povo “normal”, que encara tudo com normalidade, onde tudo é permitido e pode ser de qualquer jeito. E eu lhe digo onde o Espírito Santo vai estar: levantando um outro povo, que vai estar com a boca no pó, gemendo e reconhecendo que nada tem, enquanto achamos que temos algo; e estaremos sendo deixados pra trás!

Lá no contexto da sua igreja, seu grupo pequeno, seu casamento, seu emprego, sua escola, que motivações o levam a agir? A unção está de fato na posição, mas antes de Deus nos dar a posição, Ele vai testar a nossa integridade de coração. Precisamos cuidar do pecado, porque ele endurece o nosso coração (Hb 3:13-15). Se não há mais gosto pela igreja, se o louvar não toca mais, se a Palavra produz tédio, há um indicativo grave de que o nível de vida está caindo para um estágio perigoso.

Endurecer o coração é tornar relativo àquilo que Deus fez absoluto. A primeira coisa a ser feita é se expor à luz de Deus, para enxergar pela ótica do Espírito. Exponha-se, para que Deus lhe mostre a sua incredulidade, avareza, lascívia, impureza, adultério, infidelidade, etc. Mesmo que você não tenha cometido nada disso, pode ser que o diabo esteja lhe trazendo pressão – e você lhe dá corda e fica preso, fechado pra Deus.

Isso tudo pode gerar em você um coração cheio de críticas, de sarcasmo, de julgamentos, de frieza, de indiferença, de apego a coisas naturais! E você vai se achar anestesiado pelo cotidiano, cego para o propósito e pra glória de Deus! Se você simplesmente vem à igreja, canta, ouve, ora e vai embora sem sentir dor pelo pecado e sem mudar o seu nível de santidade, a sua vida com Deus virou religião.

Confessar os pecados um por um (para Deus e para a pessoa contra quem pecamos) e sentir a dor causada por cada um deles é o que Deus requer de nós, em lugar do costumado “Perdoa a minha “multidão” de pecados, Senhor!”. Tem que falar com todas as letras: “- Senhor, tenho sido instrumento do diabo! Tenho feito isso, e isso, e mais isso...”

A primeira parte desse texto pode ser lida em http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1635

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