“O anjo, porém, lhes disse: Não temais ; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu na Cida de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura” (Lc 2:10-12).
A Liturgia do NATAL de Jesus Cristo, celebrada em 25 de dezembro nos diversos segmentos do cristianismo, representa, na verdade, “mais que a celebração de uma data” , mas a fé em Cristo como o “verbo de Deus” (Jo 1.1s), ou seja, o seu sentido teológico transcende o histórico e temporal.
No Natal a Igreja retoma, de forma extraordinária, em sua liturgia, as dimensões divinas e humanas de uma grande liturgia desenvolvida por Deus em Cristo há mais de dois mil anos. Trata-se de um encontro celebrativo que envolve as regiões celestes e terrestres num culto a Deus por seus grandes feitos salvíficos pela humanidade.
São diversos os textos dos Evangelhos de Mateus e Lucas que ressaltam a presença dos anjos como “anunciadores do nascimento de Cristo” cf. Mt 1.20s; Lc 1.27s; Lc 2.9s. Enfatizam também a estrebaria, o curral, como espaço litúrgico significativo Mt 2.11; Lc.2.4-7;Lc 2.15-20.
Essas verdades do Evangelho são também proclamadas em diversos hinos natalinos do Hinário Evangélico. Confira os hinos 7; 8;12;14;17;18;21 e 22 e veja como a expressão do Evangelista Lucas: “E isto vos servirá de sinal...” adquire sentido novo. É com esse sentimento teológico que devemos olhar para as ornamentações dos espaços cúlticos para a celebração do Natal.
As cores amarelo-ouro que simbolizam: “brilho, sol da vida, divindade, da luz, da glória, da alegria, e da vitória do nascimento de Cristo”, ajudam no aprofundamento da mensagem dos “Evangelhos da Infância” Mt 1-2; Lc 1-2;Jo 1.1-14.
Até mesmo o símbolo clássico da árvore iluminada, poderá ser resignificado com o acréscimo de versículos natalinos de forma que ao movimento do piscar das lâmpadas participe da proclamação das boas-novas do Natal de Cristo às pessoas.
Em síntese, toda a programação litúrgica do Natal deve estar alicerçada nas verdades evangélicas de Lucas: “ Não temais ; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo ...E isto vos servirá de sinal...” (Lc 2.10-12).
A data de 25 de dezembro, não representa hoje a data do nascimento de Cristo e muito menos uma imposição da história. Trata-se de uma expressão de fé da comunidade cristã de que, em Cristo, as expectativas do Advento atinge o ápice: “E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o guia que há de apascentar o meu povo” (Mt 2.6).
Que o Natal seja uma oportunidade para a renovação desta fé!
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