Entramos no Tempo Comum. Este ano teremos 34 Semanas Comuns. Iremos celebrar este tempo litúrgi-co até o dia 26 de novembro. A liturgia nos levará a meditar no ministério de Jesus sem nos prender aos eventos de seu nascimento, morte ou ressurreição.
O foco do Tempo Comum é viver o discipulado de Jesus. Cada domingo iremos reler os evangelhos, os profetas, os salmos, as cartas apostólicas. Nosso objetivo é crescer na Visão do Discipulado segundo o modelo bíblico. Esta é a visão da Igreja Metodista.
Em 2003 a Igreja Metodista publicou sua primeira Cartilha sobre o Discipulado. Nela o Colégio Episcopal demonstrou que sua prioridade para o período eclesiástico era a implantação do Programa do Discipulado em todas as igrejas. Esta implantação seria feita dentro do contexto do programa “Dons e Ministério”. Afirmou que “É no contexto do Plano Vida e Missão e sob a forma de ser Igreja a nos moldes de Dons e Ministério que surge o Discipulado. Antes de ser um método, o Discipulado é uma “maneira de ser”, um “estilo de vida” à luz do Evangelho”.
Em meados da década 80 houve um empenho em estabelecer o Discipulado no contexto da Igreja Metodista. Devido a uma série de circunstâncias este objetivo deixou de ser algo estrutural e estrategicamente implantado. Mesmo assim, sob a inspiração de vários movimentos, em especial orientado e difundido pela SEPAL – Serviço de Evangelização para a América Latina, vários pastores (as) e igrejas passaram a usar a maneira de ser do Discipulado no seu ministério e em suas igrejas locais.
Com o decorrer dos anos o evangelismo brasilei-ro passou a estar sob inspiração de vários movimentos cuja fundamentação encontrava-se fincada no Discipula-do. Sob o impacto de experiências tidas em outros países livros foram traduzidos e escritos visando ajudar a Igreja a refletir e assimilar essa maneira de ser. Surge, então, as igrejas nos lares, os grupos familiares, as células e uma diversidade de modo de ser semelhantes. Constatou-se que no contexto da Igreja Metodista havia um significati-vo espaço que poderia ser ocupado por algo que, no seu princípio era parte da história e da natureza do movimen-to wesleyano.
Programas ligados a Grupos de Pacto, Renova-ção da Aliança, foram idealizados e implantados em alguns países, em especial nos Estados Unidos junto da Igreja Metodista Unida. O Colégio Episcopal refletindo a respeito da natureza e da forma metodista de ser Igreja decidiu abrir espaço e implantar no Brasil o Discipulado, consciente de que antes de ser um método, um processo pedagógico e educativo, é ele um modo de ser e um estilo de vida evangélico e wesleyano.
Em 1999 foi criado um grupo nacional de traba-lho visando avaliar a experiência tida pela Igreja, através de alguns pastores e grupos locais. Tendo representações de pessoas de todas as Regiões e Campos Missionários realizou-se na Fazendinha do Izabela (Belo Horizonte) um seminário sobre o assunto. A seguir foi criada a Câ-mara do Discipulado, sob a supervisão das Coordenado-ria de Educação e de Missão.
Em todo o Brasil passou-se a ter-se encontros para fundamentação e treinamento, inclusive dentro da ação episcopal, em suas múltiplas áreas. Bispos e Superintendentes Distritais passaram a conviver sob a luz dessa forma de ser. Bispos e pastores (as) em várias Regiões passaram a ter encontros de conscientização e treinamento. Estabeleceu-se um período de vivência e experiência nas Regiões e Campos Missionários, buscando-se uma amostragem que pudesse ser orientadora na formulação final deste Programa de Discipulado. O Discipulado na Igreja Metodista passou a ser visto e entendido como o modelo de ser Igreja usado por Jesus. Relendo-se a Bíblia encontramos este princípio tanto no Antigo como no Novo Testamento, em especial no Ministério de Jesus. Ao reler a História do Movimento Wesleyano surge a convicção que, também Wesley, fundamentou o movimento por si iniciado através de pequenos grupos de pessoa. A forma de ser Igreja através do Discipulado tem sido grandemente difundida no evangelismo brasileiro. Os bispos afirmaram: “Ao implantar o Discipulado no contexto da Igreja Metodista não estamos procurando acompanha um ”modismo” presente em nosso contexto e nem mesmo criar algo para combater grupos existentes que têm influenciado igrejas por todo o Brasil e até a América Latina”.
Existem Igrejas Evangélicas que acolhem o Dis-cipulado entendendo ser ele a melhor forma de promover o crescimento de suas igrejas. Grandes igrejas no mundo e no Brasil buscam no Discipulado uma forma de estar mais junto de seus membros, fundamentando melhor a fé e a experiência de suas comunidades. “O que nos motiva é adotar o Discipulado como “um modo de ser”, “um estilo de vida” pessoal e comunitário, sendo também uma “forma de pastoreio” a ser desenvolvido em nossas co-munidades e uma “estratégia” na maneira de ser Igreja Comunidade Missionária a Serviço do Povo”.
Hoje a Igreja de Vila Isabel tem consolidado seu Projeto Local de Discipulado. Temos 15 Células que se reúnem semanalmente para estudar a Palavra de Deus segundo o Lecionário Comum. Tem sido uma oportuni-dade de testemunhar a graça, evangelizar, consolidar os novos membros e edificar os membros mais antigos. Visamos a qualidade espiritual da igreja e seu crescimen-to em graça e em números de novos membros.
Em Vila Isabel o Discipulado tem sido uma rea-lidade para a glória de Deus.
Fonte: Cartilha do Discipulado: Colégio Episcopal, 2003.
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