IGREJA METODISTA EM VILA ISABEL
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Reflexões
Rio, 18/8/2018
 

Retiro e Discipulado

Pr. Roberto Carvalho Rocha


 

Nos dias 03, 04 e 05 de agosto estive reunido com a liderança dos jovens e dos juvenis em retiro, numa casa em Cabo Frio, cedida pela irmã Dilma, a quem registro aqui meu agradecimento, assim como à CLAM da igreja, que apoiou de pronto sua realização.  Foram dias muito agradáveis e de crescimento e unidade. Para mim também um tanto cansativo, em parte por dormir tarde e acordar cedo, em outra pelo resultado natural do esforço de discipular.

Não que os que lá estiveram sejam de difícil trato no discipulado; de maneira nenhuma, são todos muito acessíveis e se mostraram muito interessados em aprender mais do Evangelho de Cristo, objeto de estudo naqueles dias. Mas discipular é, em primeiro lugar, uma decisão, seguida de um preparo que se segue  acompanhado de atitudes. Discipulado não se faz de forma inconsciente e sem direcionamento. Isto se chamaria testemunho pelo exemplo. Discipular é decidir transmitir o conhecimento e a vivência do Evangelho de forma explícita a alguém e esperar e cobrar retorno.  Um discipulando deve respostas ao seu discipulador.

Pois lá estava eu com um grupo de 14 pessoas. Todas diferentes, tanto na idade, como na maturidade e nos interesses pessoais. Alguns já são mais próximos a mim, outros ainda estão se chegando, com alguma desconfiança aqui e acolá, alguns mantém distância sem saber se quando falarem de si serão acolhidos ou tomarão uma bronca pastoral. (um pastor novo as vezes demora para ser aceito no coração de alguns). Seus objetivos principais não coincidem, nem suas carências. E o que eu ia fazer?  Preparar palavras de edificação para esse grupo heterogêneo. Ora, talvez o leitor pense que eu já faço isto regularmente para 250 pessoas cada vez que prego na igreja, não vendo o porquê do cansaço dessa vez, e tem razão. Mas o discipulado é mais próximo e, por isso, mais exigente. Discipular não é só falar do Evangelho (coisa que faço no púlpito), é também questionar o ouvinte para mudar de posturas (que também faço no púlpito), mas também está presente no processo a capacidade e atitude de olhar nos olhos do discipulando, ouvi-lo, entende-lo e ajudá-lo (impossível de se fazer do púlpito). Seguido posteriormente, como marca clara de que há um discipulado em andamento, de uma prestação de contas e constantes ajustes (isso só um-a-um).

O que busco com essa turma que recebi de bom grado quando me foi dada a tarefa de ser o pastor da juventude é leva-los a experiências constantes com o Evangelho e com a firme decisão de: 1) Serem bons discípulos meus e 2) Serem discipuladores de alguém. Lembrei-lhes que em Mateus 28 Jesus nos fala sobre Ide e Fazer Discípulos. Não é Ide e vivei o Evangelho torcendo para que alguém se espelhe em suas atitudes. Isto é bom, mas é pouco. 

Dar exemplo não é o chamado. É parte essencial do cristianismo, mas o chamado é ser discipulador. Encontrar alguém para falar explicitamente, dedicadamente, pacientemente (tem que ter a mesma paciência que Jesus tinha com Pedro....) e interessadamente até que o Evangelho seja compreendido ou rechaçado pelo que ouve.  Sim, quem ouve tem a opção de rechaçar o Evangelho. Neste caso, parta para outra pessoa, escolha outro discípulo. (em caso de dúvidas: Mateus 10:14, João 6:66) . Mas não pare, e se nem começou, comece.

Termino pedindo ajuda: sou limitado e estou com este pequeno grupo. Não há como discipular mais pessoas por absoluta e clara humanidade. Peço sua ajuda: Discipule os que eu não consigo alcançar. Escolha alguém. Compense minha natural limitação com os dons que você tem. Se eu discipular 14 e você 1, já são 15. Já melhorou, né ?

Deus nos abençoe nessas empreitadas.

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