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Rio, 15/9/2018
 

De quem é o dízimo

Pr. Luiz Daniel Nascimento


 

“Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós a nação toda.” (Malaquias 3. 8-9)

 

Mantenho, transcrevendo neste artigo, o conteúdo do livro A Décima Parte, de autoria do saudoso Pr. J. Cabral. Creio que o livro que teve a revisão da conceituada Teóloga Marilía Shuller, que tenho o imenso prazer de conhecer pessoalmente, e o prefácio do nosso sempre estudioso e competente Bispo Emérito Paulo Ayres Mattos, continua sendo uma bênção para quem deseja examinar com carinho a doutrina bíblica do dízimo. No mês passado falamos sobre Por que em dinheiro e este mês damos sequencia falando sobre De quem é o dízimo? Acredito que os leitores continuarão sendo edificados ampliando o entendimento no tocante aos dízimos e as ofertas.

De quem é o dízimo?

O dízimo é uma espécie de evolução de oferendas, que desde os tempos primitivos o homem dava a Deus. É uma oferenda pré-fixada; um mínimo aceitável, entendida como a devolução da décima parte daquilo que se recebe aquele que dá tudo, para uso no Seu serviço. O dízimo é de Deus.

Uma das características mais simples de Deus e que muitos teimam em não reconhecer, é que Ele é organizado! Qualquer pessoa ao ler o relato da criação (Gênesis 1,2) pode constatar essa verdade. Na sua organização Deus estabelece que o dízimo que lhe pertence, deve ser entregue no local onde as pessoas se reúnem para lhe prestar culto:

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro...” (Malaquias 3.10)

A administração do dízimo está a cargo daqueles que se dedicam à sua causa. Todos os dízimos consagrados a Deus são usados para a manutenção do culto que lhe é devido:

“Para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos...” (Malaquias 3.10).

Para o povo de Deus não havia dúvidas quanto ao pagamento do dízimo. Tinham essa prática como algo que fazia parte da própria vida. O dízimo era santo. Pertencia a Deus e somente a Ele:

“Também todos os dízimos da terra, tanto do grão do campo, como do fruto das árvores, são do Senhor: santos do Senhor. Se alguém dos dízimos quiser resgatar (vender) alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre eles. No tocante aos dízimos do gado e do rebanho, de tudo o que passar debaixo da vara do pastor, o dízimo será santo ao Senhor” (Números 27.30-32) 

Erros comuns quanto ao dízimo

Por motivos diversos, dentre os cristãos se observam determinados erros quanto à prática do dízimo. Alguns erros vêm do desconhecimento da Bíblia. Outros, da má interpretação dos textos sagrados e muitos, infelizmente, surgem do esforço consciente ou não para fugir a essa responsabilidade cristã. Dentre os mais comuns encontramos os seguintes:

NÃO DAR O DÍZIMO POR ENTENDER QUE ELE É UMA PRÁTICA DA LEI, DE UM POVO EM PARTICULAR OU POR NÀO SER “DOUTRINA” DO NOVO TESTAMENTO.

        Qualquer destes entendimentos ou semelhantes não tem o menor resquício de verdade. O dízimo não é uma prática da Lei, nunca foi uma prática particular dos judeus e o Novo Testamento tem ricas evidências de que ele continuou sendo praticado na igreja primitiva. 

TROCAR O DÍZIMO PELO SERVIÇO. 

        Há quem seja tão extremado que afirme: “Eu não dou o dízimo mas sou atuante na Igreja. Que adianta fazer como muitos que dão os seus dízimos mas não aparecem na hora que precisa deles...” Nenhum dos dois grupos está agindo corretamente. Nem se troca o serviço pelo dízimo, nem este pelo serviço. São duas coisas distintas e preciosas na vida da Igreja que precisa do dinheiro e do serviço para seu sustento e desenvolvimento.

TROCAR OS DÍZIMOS PELAS OFERTAS.

        “Dou o dízimo sim, mas só se acabarem com tantas petições de ofertas...” Tal entendimento, me perdoem os que pensam assim, denota uma certa dose de mesquinharia. O povo de Deus sempre contribuiu para o serviço de Deus com dízimos e ofertas:

         “Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas OFERTAS.” (Malaquias 3.8).

         “Alguns dos cabeças de famílias, vindo à casa do senhor, a qual está em Jerusalém, deram voluntárias ofertas para a casa de Deus para restaurarem no seu lugar. Segundo os seus recursos deram para o tesouro da obra, em ouro sessenta e uma mil dracmas, e em prata cinco mil arratéis, e cem vestes sacerdotais.” (Esdras 2.68-69).

         Pode até uma igreja, por se sentir satisfeita apenas com os dízimos, dispensar a coleta das ofertas, mas essa é uma decisão particular e que não pode ser entendida como uma prática bíblica para a manutenção do culto. Da mesma forma, o procedimento de colher apenas ofertas no lugar do dízimo é um procedimento particular a uma ou outra igreja. As ofertas que acompanham o dízimo revelam a disposição e a responsabilidade do cristão para contribuir com a manutenção e o crescimento da obra de Deus. 

        No próximo mês daremos continuidade a este assunto.

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