IGREJA METODISTA EM VILA ISABEL
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Reflexões
Rio, 20/10/2018
 

Política e Religião – Juntos ?

Pr. Roberto Carvalho Rocha


 

E aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos. E ele lhes disse: Que quereis que vos faça? E eles lhe disseram: Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda (Marcos 10:35-37).

A tentação de crer no divino, mas ter um interesse nos poderes pessoais já estava aí na Bíblia.  Tiago e João já estavam, antecipadamente, querendo um cargo de superioridade no futuro reino. Não mostraram um motivo justo, uma habilidade especial, um recurso que pudessem oferecer ao reino que justificasse a posição privilegiada que pretendiam ter. Era apenas um pedido, pelo qual esperavam de Jesus um tratamento diferenciado, que seria, no mínimo, injusto com os demais discípulos. Os outros se indignaram, claro. E Jesus encerra a questão com mais um de seus ensinos: Quem quiser ser o primeiro seja o que serve. 

O poder do Reino está em servir, não em ser servido, preceito que Jesus executava com maestria ainda que fosse o líder de um grupo, pois não se servia de seus liderados, mas ensinava-lhes tanto por palavras como por ações e, em treinamento, lhes incentivava a serem melhores crentes, preparando-lhes o caminho de uma nova liderança que um dia seguiriam. Era um mestre serviçal.

Desta diferença, decorre que o Reino tem dificuldades em se misturar com questões políticas, pois facilmente estas envolvem padrões que estão longe do serviço ao próximo. O poder terreno tem a facilidade de corromper mesmo os mais bem-intencionados, para a busca de favorecimentos e vantagens pessoais ou de seus próximos, ignorando as consequentes injustiças com os outros cidadãos menos privilegiados. Seja por atitudes egoístas ou pela ausência da luta contra elas, a política não consegue refletir a mensagem serviçal e profética do serviço do Reino. 

O que a Bíblia me diz sobre política aponta na tentativa de encontrar caminhos terrenos que possam sinalizar o Reino de Deus. Seja sendo um político cristão (o que não tem nada de errado e é uma profissão importantíssima) ou seja escolhendo um representante, os valores do Reino devem ser balizadores das escolhas. Na escolha de representantes, não podemos escolher ideologias, partidos ou pessoas sem pesarmos suas posições e contradições com a mensagem do Reino. O que não é fácil, pois nosso sistema eleitoral e a magnitude do país nos impede de conhecermos de fato os candidatos em que votamos. Resta as falas, os boatos, as notícias, os fakes, a história real e a nova forma de contar o passado, os amigos bem informados e os que parecem bem informados mas não o são, os textos de internet, os sites sérios e os que são pura propaganda disfarçada de site informativo neutro. Muita coisa e muito lixo. Hoje, com 35 partidos políticos nesse Brasil, continuamos escolhendo o candidato menos pior.  

A religião e a política não se misturam, são assuntos de reinos diferentes. Mas aquela deve balizar as escolhas dessa última. Deve balizar também os diálogos e a busca de entendimento. Deve ser o pensamento maior, o melhor manual, o guia das decisões. Findas as eleições, precisamos orar, pedir e clamar a Deus para que o Brasil possa ser abençoado por Ele. Deus como chefe supremo, líder e guia. Orar com fé ainda é a maior atitude política que o cristão pode fazer. 

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