A frase acima evoca um casamento, sendo esta uma pequena parte dos votos que os noivos fazem entre si. Neste compromisso pretendem se manter juntos independentemente de estarem em momentos de alegria ou de tristeza, assim como também em momentos de saúde ou doença. Compromisso de amor firmado publicamente.
Com Deus, firmamos compromisso mais profundo, nos comprometendo a sermos fiéis mesmo que isto implique até em nossa morte. Somos descendentes de cristãos para os quais ser mártir é um motivo de orgulho, e voltar atrás, negando a fé, é tremenda vergonha.
Mas o descarte já passou a ser algo comum nos casamentos. As taxas de divórcio estão aí que não me deixam mentir. Na vida espiritual também. Abandona-se Deus com facilidade. Doença ou tristeza passou a ser o motivo comum e banal para deixá-Lo. Podemos não dizer de boca, podemos continuar nos afirmando crentes na presença do técnico do IBGE, mas na prática nos afastamos de Deus. Se todos que se dizem cristãos no censo fossem aos cultos/missas regularmente, com certeza faltariam assentos nas igrejas.
Fato é que não temos mais visto uma geração ser simplesmente crente. Simplesmente crendo em Deus e amando-O, sendo isso suficiente nas suas relações com o divino. O culto tem que ter louvor, ou dança, ou luzes, algum efeito especial ou uma palavra sempre impactante. Para continuar crente, este tem que ter saúde ou grande sucesso ou constante alegria. A vida tem que reluzir, se não o tempo todo, pelo menos durante o culto há que se ter uma palavra que exalte o crente ou prometa algo terreno, e não pode falar somente de Deus. Algo como: Tem um ganho? Então sou crente!
Centrados em suas felicidades imediatas, novas gerações perdem a noção da relação com Deus, e ele somente, sem necessariamente ter algum ganho especial imediato com isso. Deus que deixa de ser alguém e que passa a ser algo que me dá outro algo em troca.
Há ainda novos crentes no estilo antigo. Aqueles para os quais domingo é dia de ir a igreja e pronto. Acordar cedo para orar é imperativo e não facultativo. Ler a Bíblia inteira é um ato de coerência com ser cristão. Ser crente é mais do que ir à igreja. É um estilo de vida. Mas confesso que eu tenho conhecido cada vez menos crentes desse tipo.
São sinais dos tempos. Falta saber quais sinais: OU de que Jesus está voltando OU de que eu estou ficando velho mesmo.
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