Com facilidade nós esquecemos nossos amigos. Não? Sim, eu afirmo! Lembramos de vários, especialmente daqueles com os quais temos alguma conexão emocional, seja porque nos fez ou faz um grande bem, seja porque nos fez ou faz um grande mal, porque amamos ou porque odiamos. Nossas conexões são apegadas ao fator emocional. Por outro lado, outros que passaram em nossas vidas nós nem lembramos, nem mais sabemos de sua existência. Talvez uma foto da escola ou da infância nos relembre sua existência, mas em nossa vivência muitos já estão apagados. Trata-se da habilidade de lidar de forma eficiente com nossa limitada capacidade de gerenciar informações, pois, se lembrássemos de todos o tempo todo viver seria muito complicado: Imagina se concentrar no trabalho com tanta gente na mente?
Deus por outro lado de nada e ninguém esquece. Sua memória – se é que podemos nos referir assim a Ele – não tem limite de esgotamento e sua capacidade de saber tudo o tempo topo é incrível. De fato, tudo que ouço de Deus me espanta e me leva a perceber a diferença que temos entre nós e Ele. E muitos nesse planeta tentando julga-lo como se conseguissem compreende-lo.....
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Em Sua mente estamos todos nós! Sempre e disponíveis à lembrança. Não me parece que Deus, ao ouvir algum nome iria ter que procurar na mente quem é mesmo a pessoa. Mas sua descrição dá-nos a entender que sabe de qualquer um como se desse tal estivesse falando o tempo todo. E não só Ele não esquece de todos nós, mas não esquece de tudo o que somos e fazemos. Somos completamente descritos em sua mente e seu conhecimento constante. Somos filhos amados e acompanhados de perto pelo Deus que é onipresente e onisciente.
Nessa descrição da memória de Deus sobre nós, incluem-se tanto as coisas que nos orgulhamos como aquelas que nem tanto, ou que gostaríamos de apagar. Incluem-se também aquelas que julgamos sua consequência de forma errada: pensamentos e atitudes que acreditamos bons, mas que foram na verdade prejudiciais ou mesmo vice-versa. Somos um livro aberto. Mais! Somos um livro aberto com todas as entrelinhas explicitadas.
Se isso não lhe for bastante para, ao orar a Deus, faze-lo com temor e tremor, não sei o que mais seria capaz. Não quero que ovelhas minhas tenham medo de Deus, mas que tenham temor: um genuíno reconhecimento das diferenças e da grandeza de Deus. Somos pó. Somos grandes apenas aos nossos olhos obtusos.
Falando de erros e pecados, Deus já disse que deles não se lembra, tanto em Isaías 43:25: "Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro", quanto em Miquéias 7:18,19: "Quem, oh Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.". É esta misericórdia que é maravilhosa. De tudo Ele lembra. De nossos pecados Ele decidiu esquecer.
Daí que trago duas reflexões:
Primeiro: Aprenda com Deus e esqueça dos pecados dos outros. Perdoe. Tudo! Entre no céu como crianças (Mt 18:3) que tudo perdoam.
Segundo: Não importa o que você fez ou pensou, o que você é por conta do passado. Deus está sempre zerando. Entrega seu caminha a Jesus, muda de vida e aceite o perdão Dele. Se Ele esquece, porque você exigiria que Ele lembrasse. Se o juiz perdoou, o acusado está livre.
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