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Reflexões
Rio, 31/8/2019
 

Rios de água viva

Pr. Roberto Carvalho Rocha


 

Em Joao 7:38  Jesus faz uma das afirmações mais conhecidas dele deixando claro que o que crer nele terá rios de águas vivas fluindo de si, obviamente para os outros e para o mundo, já que fluir para dentro não faz o menor sentido. No verso 39, João identifica esse fluir como o resultado da presença do Espírito Santo. No mesmo evangelho de João, em 4:14, Jesus falando com a mulher samaritana explica que o que receber dele a água, não só nunca mais terá sede como também se tornará, o próprio, uma fonte a jorrar água. A metáfora segue o mesmo sentido do texto anterior.

O crente é então aquele que recebe e jorra. Não retém nem se alegra sozinho. Jorra. 

A partir destas afirmações, não é raro encontrarmos pregações e estudos que falam sobre nossa presença no mundo e o impacto que devemos fazer aonde estivermos. Junte a isto o texto de Mateus 5:13-15, onde somos comparados ao sal da terra – que precisa salgar se não  para nada serve – ou à luz do mundo – que se acende para ser visto;  e veremos que o cenário está completo: O crente deve ser o que emana algo, o que transpira o bom perfume de Cristo (II Co 2:15), aquele que não passa despercebido. 

Alguns não jorram nada. Alguns destes porque não sabem o que jorrar, já que não se embrenham de fato em conhecer o Cristo a que servem. Não há como falar daquilo que não se conhece. E não há o que se conhecer se não se investe tempo e vontade nesse objetivo. Não espere você leitor que uma pregação dominical e uma aula de Escola Dominical seja o melhor que você pode fazer em termos de conhecer a Deus. Há muito mais. E muito mais seria, sim, o passo crucial para ter o que jorrar. 

Outros que nada jorram se calam por medo de perseguições, de passar ridículo ou da perda de relacionamentos que lhe são caros. Tal 

receio, levado nessa direção, se tornou essencialmente seu deus, pois supera a ordem divina e cala o que deveria jorrar. Jesus já havia dito no mesmo Mateus  (5:11) que a perseguição por causa do evangelho seria fato e, mais, é motivo de bem aventurança. 

Há também aqueles que jorram muita coisa, mas não o bom perfume de Cristo. Impactados por pregações sobre falar do evangelho, entendendo que são agora os continuadores da pregação de Cristo, atentos que o mundo precisa de Deus (fato!), tomam para si a ordem de jorrar sem que, no entanto, jorrem o que deveria. Não se preocuparam em perceber se o que dentro deles sai é o que deveria sair. Não é raro encontrarmos crentes que jorram ódio, amargura, pre-conceitos, destratos ou guerras. Suas palavras são cheias do evangelho, mas incapazes de produzir resultado de amor, porque este lhe faz falta. Crentes cuja boca ou textos que escrevem ou postam, são continuamente cheios de acusações, cobranças, sentenças de inferno e culpa, muitas vezes com afirmações categóricas da punição divina e de sua posição superior ao outro, pela forma como falam ou termos que utilizam. 

Aos três grupos acima, só posso repetir que jorrar é preciso. Disso muito já se falou e escreveu. Jorrar amor e respeito. Jorrar água que contém a mensagem de amor e receptividade de Cristo. Jorrar também o evangelho da verdade, da punição divina e da correta separação do certo e errado, mas nestes casos com o dom de falar disso de forma que o outro sinta o amor ágape na repreensão, coisa que é perfeitamente possível ao que ama o pecador. Ama principalmente porque se percebe como um pecador também. 

O mundo não precisa de nosso silêncio. Nem de nossas grosserias. 

O mundo precisa de nossas firmeza de fé com amor respeitoso. 

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