IGREJA METODISTA EM VILA ISABEL
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Reflexões
Rio, 15/9/2019
 

Ênfase Educadora no Metodismo

Pr. Luiz Daniel Nascimento


 

Todo terceiro domingo de setembro comemoramos o Dia da Escola Dominical e assim sempre mencionamos o lindo trabalho do jornalista Robert Raikes, da Igreja Anglicana, iniciado em julho de 1780.  Mas a Escola Dominical foi fundada 11 anos antes, pela metodista anglicana Hannah Ball. E com alegria, nesta data reproduzo uma parte do capítulo 3, intitulado Uma Piedade Ilustrada, do livro “O Gênio e o Espírito do Metodismo Wesleyano”, do saudoso Baéz Camargo, enfatizando nossa ênfase na educação.

“Tem havido representantes da ciência e da cultura, da educação e do progresso, que consideram a piedade religiosa como uma ilusão subjetiva e a fé como uma relíquia dos tempos pré-históricos. E por  outra parte, tem havido representantes do cristianismo que têm erigido suas particulares interpretações da bíblia em barreiras (dissociadas) contra o progresso da ciência e dos conhecimentos humanos. Têm pretendido, sem nenhum direito, fazer da bíblia a última palavra em questões científicas, esquecendo que ela mesma não pretende ser tal coisa senão algo ainda mais importante: a revelação do caráter de Deus, a proclamação de sua graça redentora em Cristo e o testemunho que conduz os homens a Ele. Estes falsos representantes do cristianismo têm menosprezado a ciência e a cultura como simples produtos do orgulho humano, e até talvez com a obra do mesmo Satanás. Têm declarado que basta e sobra de piedade, e que a educação, a ilustração, os conhecimentos, são vaidades e que não têm que conceder valor nem atenção, e que até devem ser repudiadas. E têm confundido assim a piedade com o obscurantismo. Uns e outros são responsáveis pela confusão. São eles (e não a ciência e a piedade que respectivamente dizem representar) os que estão em luta entre si. 

Faz anos que esteve em voga o livro de J. G. Draper, intitulado “Conflitos entre a religião e a ciência”. Contudo, não é mais do que história do conflito entre cientistas que se intrometem no terreno da religião, e teólogos que se intrometem no campo da ciência. Uns e outros pretendem dogmatizar em esfera que não lhes pertencem. Certamente, o saber não é substituto da fé que salva. Os muitos conhecimentos não salvam ninguém. Mas um cristão redimido que sabe muito, e que põe ao serviço de seu Redentor o que sabe, pode ser nas divinas mãos um instrumento de suma utilidade. Ë verdade que Paulo escreveu: “Se eu tivesse toda ciência... e não tivesse amor, nada seria”. Porém disse o mesmo com respeito à fé: ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei” (1Co 13:2). E o próprio apóstolo Paulo era um exemplo do que um servo de Deus, bem preparado e cultivado mentalmente, pode fazer pelo Evangelho. Talvez por isso escrevia aos Filipenses: “E isso peço em oração, que vosso amor abunde ainda mais em ciência e em todo conhecimento, para que aproveis o melhor” (Fp 1:9). 

O metodismo foi, desde o princípio, e com seus próprios fundadores, favorável à ilustração e esteve pronto a aceitar o progresso científico como um meio de conhecer melhor o maravilhoso mundo criado por Deus e de empregar mais eficazmente seus recursos no serviço do Senhor e do próximo. Sucedeu que o bispo Lowth havia recusado ordenar a certo candidato ao ministério, que desejava ir à América do Norte como missionário, só porque não sabia grego, nem latim. Pois bem, Wesley, o erudito em latin e grego (que recomendava a seus pregadores conhecerem estes idiomas), escreveu ao bispo protestando por aquela ação: “Milord - lhe dizia - de nenhuma maneira menosprezo a ilustração: conheço demasiadamente bem seu valor. Porém, que é, particularmente em um ministro cristão, comparada com a piedade? Que é o homem que carece de religião? Como uma joia no focinho de um porco!”

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