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Rio, 10/2/2021
 

A parábola do grande banquete e o preço de ser discípulo (Lc 14.15-35)

Pr. Alexandre Brilhante


 

“Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, a sua mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.” (Lc 14.26)

Jesus contou várias parábolas sobre o dia futuro em que Deus julgará crentes e incrédulos. Alguns personagens dessas histórias não estavam preparados para a Segunda Vinda, alguns não demonstraram um amor genuíno por ele, ou seja, deixaram de cuidar dos outros.

Nesta parábola, Jesus fala de pessoas que, a princípio, aceitaram o convite para o Reino de Deus, mas, depois, consentiram com que outras prioridades sufocassem o Senhor, expulsando-o de suas vidas. Mais uma vez, Jesus ensina que nem todos entrarão em seu reino. Quem tem como certo aquilo que ele oferece acabará se privando da chance de cear com ele na eternidade, em um banquete muito mais atraente do que qualquer coisa que a terra ofereça. Por isso, devemos ter cuidado com certos ensinamentos falaciosos, como “uma vez salvo, salvo para sempre”.

A Bíblia não explica todos os mistérios de Deus, principalmente no que diz respeito a tempo-espaço, essa realidade em que vivemos. Mas, de uma maneira complexa e harmoniosa, duas doutrinas, aparentemente antagônicas, estão lá nas Escrituras: livre arbítrio e predestinação, demonstrando a soberania de Deus.

A fé custará alguma coisa aos crentes aqui na terra, Jesus adverte. Grande parte de seus ensinamentos tem se concentrado no amor e fidelidade divinos. Seguir a Cristo leva a uma plenitude e a uma paz que não se encontra em nenhuma outra parte. No entanto, segui-lo pode também, por algum tempo, implicar dificuldades, aflição emocional e sacrifício.

Por exemplo, Jesus tem precedência até sobre nossos familiares. Embora nos ensine a amar e honrar a família, ele nos pede para amá-lo mais. Se tivermos de escolher entre um e outro, Jesus deverá vir em primeiro lugar. Não se trata de um compromisso para ser encarado com leviandade ou ignorância e pode envolver rejeição ou perseguição por parte dos outros. Mesmo assim, se optarmos por acompanhá-lo, as recompensas excederão, em muito, o sofrimento. Que preço você deve pagar por ser um discípulo de Jesus?

Neste contexto, a Igreja assume dois papéis importantes: ser porta-voz/arauto do anúncio deste grande banquete que é a salvação através da poderosa mensagem do Evangelho. O segundo papel é de assumirmos nosso compromisso de discípulos de Jesus, colocando o seu Reino e sua vontade como prioridades máximas em nossas vidas.

Porque nisto reside a razão de nossa existência. Se cremos, de fato, no Deus das Sagradas Escrituras, nada pode ser mais importante que nossa total devoção a Ele, porque nEle existem e subsistem todas as coisas. Interessante que, lá no livro de Êxodo, quando Moisés questiona a Deus sobre que resposta daria aos filhos de Israel quando lhe perguntassem em nome de que Deus ele estava se apresentando, o Senhor disse a Moisés: “... EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros. Disse Deus ainda mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: “O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração””. (Ex 3. 14-15)

Em hebraico, o nome sagrado de Deus é representado pelo tetragrama: “YHWH”. Como falei anteriormente, que todas as coisas existem e subsistem em Deus, essa passagem acima nos ajuda a entendermos isso, pois algumas interpretações sobre o nome de Deus nos ensinam a entender a necessidade de priorizarmos sua vontade.

Primeira: “Eu Sou o que Sou”, explica o nome pessoal do Deus de Israel, associando-o ao verbo “ser”, “existir” e, às vezes, também, “acontecer”. Então, o mesmo verbo, ao se repetir, reforça o seu significado de maneira que “Eu Sou o Que Sou” equivale a Eu Sou Aquele que existe realmente por si mesmo, não como os outros deuses que não são e nada podem.

Outros assinalam que Eu Sou o Que Sou trata de uma resposta evasiva: Eu não dou a conhecer o meu nome, porque nenhuma palavra seria capaz de expressar aquilo que sou.

Alguns, finalmente, chamam a atenção para o fato de que o verbo hebraico hayah não designa mera existência, mas uma presença viva e ativa e que, portanto, a frase significa Eu Sou aquele que está sempre presente com vocês para salvá-los.

O discipulado cristão exige esse compromisso de fidelidade a esse Deus que está sempre presente e ofereceu o que tinha de melhor para não nos perder. Mas, infelizmente, alguns rejeitam o banquete da salvação.

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