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Rio, 21/4/2007
 

A depressão é uma das experiências mais perturbadoras do ser humano (Uriel Heckert)

ZZ Outros Colaboradores ZZ


 

A depressão é uma das experiências mais perturbadoras do ser humano

Entrevista com Uriel Heckert estraída do site da Revista Ultimato.
Endereço: http://www.ultimato.com.br/?pg=show_artigos&artigo=124&secMestre=277&sec=282&num_edicao=269

Quando se trata de depressão, deve-se evitar a palavra doença. É mais apropriado usar a expressão transtorno psíquico. Outra observação: quando a depressão se instala, apelos bem intencionados, conselhos na linha do pensamento positivo e exemplos desafiadores só contribuem para que o deprimido sinta-se ainda mais incapaz e desalentado.

Essas e outras ponderações sobre depressão estão nesta entrevista com Uriel Heckert, doutor em psiquiatria pela Universidade de São Paulo, professor da mesma ciência na Universidade Federal de Juiz de Fora e presidente do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos (CPPC).


Ultimato - O que é depressão?

Uriel - É um estado de sofrimento psíquico caracterizado fundamentalmente por rebaixamento do humor (isto é, do estado afetivo básico apresentado pela pessoa), acompanhado por diminuição significativa do interesse, prazer e energia. Normalmente, acrescem-se alterações do sono e apetite, retardo psicomotor, sensação de fadiga, falta de concentração, indecisão, diminuição da autoconfiança, pessimismo, idéias de culpa, desejo recorrente de morrer, entre outros sintomas. Depressão deve ser diferenciada de tristeza, que é uma experiência humana universal e esperada diante de experiências desfavoráveis, como o luto, por exemplo. O diagnóstico de depressão implica na correta avaliação das características e intensidade dos sintomas, bem como o tempo de evolução e suas repercussões.

Ultimato - Qual a diferença entre depressão e distimia?

Uriel - As duas formas reconhecidas de depressão são a depressão maior e a distimia. Na primeira, os sintomas são pronunciados, de instalação rápida, com quadro clínico mais expressivo e definido. Já na distimia os sintomas são mais discretos e nem sempre claramente percebidos, porém arrastam-se por tempo prolongado. Em ambas as formas há grande sofrimento emocional, com repercussões físicas, sociais e possíveis prejuízos em várias áreas da vida pessoal. Outra classificação distingue episódio depressivo e transtorno depressivo recorrente. Neste último, há tendência a recidivas, após períodos variáveis de remissão dos sintomas. Na verdade, o campo dos transtornos do humor recebe grandes investimentos em pesquisas, atualmente. Assim, é de se esperar que ocorram mudanças nas tipologias, visando maior precisão no diagnóstico e terapêutica.

Ultimato - A revista Saúde de outubro/2000 diz que 19% da população mundial sofre de depressão e a revista Veja de 1º de novembro/2000 diz que a distimia atinge 4% dos habitantes do planeta. O sr. confirma estes dados?

Uriel - A depressão é dos transtornos mentais mais freqüentes e está entre as principais preocupações da Organização Mundial da Saúde para a presente década. Estima-se que de 15% a 20% da população em geral apresenta depressão maior em algum período da vida. Acresce-se a isso o fato de que, sob algumas condições, as pessoas se mostram mais vulneráveis; por exemplo, quando enfermas, idosas ou quando experimentam situações de perda ou desamparo. A distimia tem prevalência ao longo da vida de 4 a 5%. Estes dados têm sido confirmados junto à população brasileira.

Ultimato - A depressão é mais comum no homem ou na mulher? Há uma faixa etária mais vulnerável?

Uriel - Ela é significativamente mais freqüente em mulheres do que em homens, na razão de dois para um. Em períodos como puerpério, menopausa e idade avançada, a depressão tem maior incidência. Adultos descasados apresentam-na numa proporção de duas vezes e meia maior que os casados.

Ultimato - A depressão é uma doença mental?

Uriel - Atualmente, evita-se a expressão doença mental, pois não se tem clareza total sobre os fatores que determinam os transtornos psíquicos. O termo doença tem sido reservado para aquelas poucas condições em que já se tem certeza de um mecanismo patológico, principalmente se ele é de natureza biológica (por exemplo, Doença de Alzheimer, em que há uma degeneração das estruturas cerebrais, constatável e mensurável). Assim, prefere-se falar em transtorno, sem comprometer-se com possíveis determinantes. No caso da depressão, a polêmica se estabelece com aqueles que insistem em considerá-la como uma mera disposição comportamental, uma deficiência de caráter, ou mesmo um problema de natureza espiritual. Todo o cuidado é necessário, é verdade, para não tomar como patológicas expressões diversas do comportamento humano. O campo da saúde mental não deve ser usado para escamotear responsabilidades sociais e morais. Muito menos pode ser instrumento para se desqualificar experiências inusitadas de contato com dimensões profundas da alma.

Ultimato - O que provoca a depressão?

Uriel - A noção que hoje predomina no campo da saúde mental é da multicausalidade. A predisposição genética parece importante, bem como alterações de funções cerebrais, principalmente no nível da neuroquímica. Por outro lado, a disposição psíquica individual pode favorecer que a depressão se desenvolva (padrões de pensamento pessimista e auto-acusatório, expressão reprimida de necessidades e vontade, níveis elevados de introversão e dependência, freqüente mau humor e irritabilidade, entre outros). Também as vivências de perdas, sejam elas reais ou simbólicas, predispõem sua instalação, bem como situações de privação e isolamento social. É preciso lembrar a chamada depressão secundária, resultante de enfermidades clínicas variadas e uso de alguns medicamentos.

Ultimato - A depressão pode ser prevenida?

Uriel - As pessoas que têm uma predisposição familiar e, ou aquelas com perfil de personalidade favorável ao desenvolvimento da depressão, podem ter alguns cuidados preventivos. Aqueles momentos da vida em que se mostra maior vulnerabilidade também devem merecer atenção. Esses podem estar relacionados ao ciclo da vida (puerpério, menopausa, velhice) ou a episódios desfavoráveis (mudança geográfica, aposentadoria, desemprego, separação conjugal, doença grave, cirurgia mutiladora, tragédias coletivas, entre outros). Ajuda psicológica pode ser muito útil em todas as circunstâncias acima. Além disso, hábitos de vida saudáveis são sempre recomendados. Sabe-se que exercícios físicos, principalmente ao ar livre, em contato com raios solares, estimulam a produção pelo organismo de neuro-hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar. Eles favorecem a manutenção do humor. O respeito aos ritmos biológicos é também indicado, principalmente o sono. Quanto às crenças e práticas religiosas, dados empíricos apontam que podem ter papel preventivo. Entretanto, não bastam meras formalidades e hábitos rotineiros. Importância tem sido dada à chamada religiosidade intrínseca, relacionada a convicções bem estabelecidas, que sejam doadoras de sentido à existência e tragam forte envolvimento pessoal. Mesmo uma fé assim nem sempre é suficiente para evitar que o cristão sofra de depressão. Em ocorrendo, contudo, há evidências que sustentam a expectativa de uma evolução mais favorável.

Ultimato - A depressão afeta o raciocínio e a vida religiosa do paciente?

Uriel - Todas as dimensões da vida individual e relacional são afetadas pela depressão. Estando o humor rebaixado, falta interesse, desaparece a curiosidade intelectual, reduz-se a capacidade de concentração, o raciocínio fica lento. Os conteúdos do pensamento assumem tom pessimista, dando espaço para idéias de recriminação e culpa extremamente penosas. Nos casos mais graves, idéias de morte estão sempre presentes e podem ser muito perturbadoras. A vida religiosa também é atingida. É comum que não haja disposição para as práticas habituais da oração, leitura da Bíblia, da mesma forma que não existe ânimo para o trabalho e outras formas de prazer. A tendência da pessoa é isolar-se no seu sofrimento, evitando contatos, visitas, idas a igreja ou qualquer outro lugar. É importante lembrar que, se a depressão está presente, apelos bem intencionados, conselhos de “pensamento positivo”, exemplos desafiadores só contribuem para que a pessoa sinta-se ainda mais incapaz e desalentada. A disposição afetiva, que se constitui no grande motor da vida, é a função psíquica primariamente afetada na depressão. Assim, tudo o mais torna-se desinteressante e a incapacidade para reagir pode ser extrema.

Ultimato - Qual a relação da depressão com o estresse?

Uriel - Estresse refere-se à condição do organismo que está submetido a uma pressão exagerada, acima das suas possibilidades saudáveis de adaptação. Diferentes enfermidades físicas e psíquicas podem surgir em decorrência de um estresse prolongado. A depressão é dessas conseqüências uma das mais comuns em nossos dias.

Ultimato - Diante de um caso de depressão, que providência deve ser tomada?

Uriel - Antes de qualquer iniciativa, é muito importante definir o diagnóstico. Pode ser que a pessoa apresente uma tristeza transitória, plenamente justificada diante de algum episódio da vida, como luto, perdas, enfermidades. Outra possibilidade é que a alteração do humor seja sintoma de alguma enfermidade física, como anemia, hipotireoidismo, doenças neurológicas, algumas infecções, uso de certos medicamentos. Mesmo nesses casos, uma depressão secundária pode se instalar, a ponto de merecer tratamento específico. Há ainda que diferençar de outros transtornos psíquicos cujos sintomas se confundem com os da depressão: transtornos alimentares, de personalidade, quadros ansiosos, psicoses, demências. Uma vez identificada a depressão como sendo o transtorno psíquico primário, cabe verificar se ela é unipolar ou bipolar. Nesse último caso, a depressão é uma das fases do chamado transtorno bipolar do humor, em que se alternam fases de exaltação psíquica. A rigor, todo profissional da saúde deve estar apto a distinguir as situações acima descritas e encaminhar as pessoas ao tratamento mais adequado.

Ultimato - Quem deve cuidar do deprimido: um neurologista, um psicólogo ou um psiquiatra?

Uriel - Em nossos dias, tem sido muito enfatizado o tratamento com medicamentos específicos, os chamados antidepressivos. Eles agem no nível das sinapses do sistema nervoso central, ativando a ação dos neurotransmissores (serotonina e noradrenalina, principalmente). Os resultados do uso dessas substâncias têm sido animadores. Entretanto, deve-se lembrar que a depressão é uma experiência vivencial profunda, das mais perturbadoras para o ser humano. Como tal, ela implica sempre numa reconsideração existencial, que leva a reavaliação de atividades, compromissos, relacionamentos, valores e crenças. Sabe-se mesmo que a sua superação está relacionada à elaboração do significado que a experiência passa a ter na história de vida pessoal. Assim sendo, é indispensável que se propicie espaços terapêuticos em que a expressão dos sentimentos seja valorizada e estimulada, com vistas à sua adequada integração. Vê-se, portanto, que há ações que podem ser providas por diferentes fontes que atuem, preferencialmente, de forma coordenada e convergente. Algumas competências são específicas dos profissionais da saúde, como o ato de diagnosticar, medicar, exercer a psicoterapia, orientar sobre atitudes e riscos. Outras medidas de suporte podem ser supridas por familiares e amigos habilidosos, especialmente aqueles que já passaram por experiência semelhante, bem como por pastores e conselheiros capacitados. Papel destacado pode ocupar a igreja, desde que seja uma comunidade de acolhimento e estímulo aos que sofrem e às suas famílias.

Nós sabemos o que é depressão

Leitores de Ultimato abrem o coração e falam sobre a doença do século

Em 1999, comecei ter sintomas de depressão. Fui a um médico que detectou facilmente a doença e me receitou medicamentos. Procurei também ajuda psicológica e comecei a fazer terapia. Isso me ajudou bastante, mas não me sinto curada. Por ter suspendido a medicação, a depressão voltou de modo terrível. Retornei ao médico e comecei tudo de novo. Sou evangélica há vários anos. Algumas pessoas pensam que a cura para a depressão é uma questão de oração e jejum. Outros dizem que eu estou sob maldição. Muitas vezes passo por situações incrivelmente difíceis. Chego a pensar que não sou normal. Às vezes acho que esse pesadelo não vai acabar nunca. Peço a Deus para morrer. Em certas situações viver pode ser tão ou mais doloroso do que morrer. Não consigo, muitas vezes, achar que Deus está sempre comigo. O vazio é tremendo. Tenho a sensação de estar caindo em um buraco sem fundo. Nada me entusiasma. A vida passa como um filme em preto e branco, e mudo. Encontro apoio na igreja. Mas, mesmo ali, há muito preconceito, desinformação e discriminação. Todos me tratam bem, porém como se eu fosse mentalmente incapaz, maluca ou deficiente mental. Muitos têm medo. Acredito que personagens bíblicos sofreram de depressão. Quando leio alguns Salmos me identifico instantaneamente com os sentimentos descritos por eles.

Joana dos Santos, 29 anos

Fui acometido de uma depressão em meados de 93, culminando com internação de 43 dias na Psiquiatria do Hospital das Clínicas da UNICAMP, a partir do dia 21 de dezembro de 98. O ano de 99 todo passei afastado do trabalho. Vivi momentos indescritíveis, nos quais só a misericórdia de Deus foi capaz de me sustentar. No próprio meio evangélico recebi acusações que me levaram ainda mais para o fundo do poço. Por outro lado, recebi inúmeras manifestações de carinho, que me sustentaram nos momentos mais difíceis da minha vida. Reassumi meu trabalho em 3 de janeiro de 2000, começando o resgate de tudo o que havia perdido: capacidade de trabalho, de retenção e assimilação, meus amigos e até o bom relacionamento com minha própria família. Continuo fazendo uso de medicamentos e jamais desprezei a orientação médica e divina. Hoje, recuperado, me sinto feliz em continuar com a certeza de que Deus nos sustenta em quaisquer momentos da nossa vida.

Elizeu Martins da Silva, 53 anos, contador, membro da Igreja Presbiteriana Independente em Campinas, SP

De janeiro a abril de 1997, perdi tudo o que achava importante: estágio, saúde, faculdade e namorado. No final de abril acordava querendo que o teto caísse sobre mim. Não tinha mais nenhuma expectativa de vida. Minha esperança desapareceu. Nada mais me interessava. Na época, eu estava com 20 anos. Saí de São Paulo e fui para o interior do Estado. Então redescobri a simplicidade de Deus e percebi que meus valores estavam distorcidos. Lá trabalhei com adolescentes recém-convertidos, alguns ex-roqueiros. Foi um tempo de aprendizado e crescimento espiritual. Percebi que a sabedoria mora com gente humilde.

Viviane Silveira Monteiro, 23 anos, universitária, membro da Igreja Presbiteriana Independente de Araraquara, SP

Há um ano, minha jovem esposa Ana Maria, de 26 anos, morreu num acidente automobilístico, depois de apenas 11 meses de casado. Nos primeiros meses, parecia estar anestesiado com o acontecimento. Depois passei por um período muito forte de depressão. Os sintomas eram cansaço, indisposição, insatisfação, solidão e entrega de sonhos e esperança. Tive vontade de abandonar tudo, inclusive família e ministério. Hoje estou num processo lento de recuperação e tentando dar a volta por cima. Tenho conseguido isso com a graça maravilhosa de nosso Deus. Tentei muitas alternativas, mas poucas deram resultados eficientes. Só mesmo a mão de Deus pode tirar-nos de um estado de depressão. Deus usa pessoas, profissionais, familiares e amigos para nos ajudar em momentos como esses. Vale a pena confiar e esperar em Deus, sem nunca desanimar, por mais difícil que pareça. Hoje, tenho sonhos e esperanças novamente e desejo que a vontade do Senhor continue se cumprindo em minha vida.

Arthur Fernandes Júnior, 25 anos, pastor presbiteriano em Santa Bárbara D’Oeste, SP

Acho que a depressão é um vazio do espírito, uma doença espiritual que ocorre devido à distância em que a pessoa está de Deus, o nosso Pai que nos completa. Pode ser que eu esteja sendo imatura ou até ignorante em relação à doença, mas é o que penso. Por isso é que (ainda) não aceito que um cristão sofra desse mal.

Anaíla Silva dos Santos, 19 anos, membro da Igreja Batista Regular da Fé em São Paulo, SP

Passei por uma depressão no ano passado. Me lembrei do que eu sempre ouvia e lia: que o crente não tem depressão. Depois, folheando minha Bíblia, encontrei um Jó deprimido, um Davi deprimido, um Elias deprimido, um Jonas deprimido. Então me senti em muito boa companhia. Pedi oração aos irmãos. Fui ao médico. Agora estou bem, pela graça de Deus que respondeu às orações. Tomo meus remédios sobre os quais peço a bênção do Senhor. Prossigo para o alvo. No meu caso, a depressão foi em razão de desmineralização do meu organismo por dieta que observo por causa do colesterol e triglicerídeos.

Leontina Novaes, residente em Curitiba, PR

Em 1955, eu era diretor-geral do Colégio Batista Brasileiro aqui em São Paulo e estava à frente de uma grande igreja. Em agosto de 1958, fui poderosamente batizado no Espírito Santo. Entrei no céu. Dois meses mais tarde, fui atirado no “inferno”. Tudo o que um deprimido sente, eu senti também. Foram seis meses de luta. Não me afastei do colégio nem da igreja. Nesse período, em Monte Verde, MG, escrevi o livro Batismo no Espírito Santo, obra que Deus usou para revolucionar o Brasil evangélico. Nesse “cativeiro”, Deus me ordenou que deixasse todas as atividades seculares e me levou, durante 20 anos, por todo o Brasil, pregando avivamento e evangelização. E ganhei mais de cem mil almas para Jesus.

Enéas Tognini, 86 anos, um dos fundadores da atual Convenção Batista Nacional

A depressão é uma doença pior que o câncer e a Aids. O canceroso e o aidético lutam para viver e o deprimido luta para morrer. As pessoas gostam de visitar o canceroso e o aidético, mas ninguém gosta de visitar o deprimido. Há pessoas que não sabem o que é depressão e, às vezes, até discriminam o doente, taxando-o de endemoninhado, descrente etc.

Antonio Carlos Guimarães, 48 anos, engenheiro, membro da Igreja Batista Brasileira em Ipatinga, MG

Sou missionário entre os ianomamis aqui na Amazônia. Pelo fato de ter ficado meses a fio isolado, passei por um quadro de depressão. Foram momentos intermináveis de angústia e tristeza profunda. Por vezes desejei a morte. Mas, com o apoio de minha amada esposa e com a ajuda de Deus, venci essa barreira que parecia intransponível.

Enilton Ramos, 43 anos

De repente, o medo, o pavor, o pânico e o desespero tomaram conta do meu ser. Me senti perdido, sem controle emocional. Para piorar as coisas, meu físico sofreu reações como falta de ar e taquicardia. Tal era a minha depressão. Infelizmente não houve varinha mágica ou receita de bolo para a cura. Após cinco anos, a fé, somente a fé no Senhor Jesus Cristo me trouxe cura e libertação.

Carlos Mercadante, 41 anos, líder dos Atletas de Cristo em Campinas, SP

Na minha experiência de mais de uma década de aconselhamento pastoral e libertação e duas décadas de dedicação ao estudo de conflitos da vida e depressão, verifiquei existirem três naturezas de depressão: a depressão espiritual, a depressão psicológica e a depressão fisiológica.

Juarez Subirá, pastor da Igreja do Nazareno em Campinas, SP

Sou pastor batista e psicólogo. Passei por uma experiência de depressão, na qual as perdas em todos os aspectos foram enormes para mim. Não morri, pela graça de Deus. Estou elaborando um projeto de pesquisa sobre depressão. Se Deus aprovar, ainda este ano estarei transformando essa pesquisa em tese de doutorado, sob a orientação de um professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.

Isaú Hiormino de Matos, 55 anos, professor da Universidade do Estado da Bahia

Com a depressão, perdi o ânimo, a alegria, o ministério e quase a vontade de viver. Hoje, pela graça de Deus e ajuda médica, recuperei o que havia perdido.

Gilberto Aparecido Lopes, 40 anos, pastor da Igreja Batista de Jardim Teles de Menezes em Santo André, SP


Já passei pela depressão. Encontro-me liberto desse mal terrível, mas ainda em processo de recuperação. Tentei suicídio no dia 28 de julho de 1994, pulando do nono andar do prédio em que trabalho, aqui em Brasília. Por milagre divino, caí num espelho de água de aproximadamente 30 centímetros de profundidade, tendo apenas escoriações. A partir daí, comecei uma busca incessante de médicos, religiões etc. Tive, então, oportunidade de conhecer os Neuróticos Anônimos (NA), experimentei um despertar religioso e tudo começou a mudar. Conheci também a Igreja Presbiteriana de Guará II e passei a dedicar-me a Deus, aceitando Jesus como o Salvador da minha vida. Eu e minha família passamos a congregar nessa igreja, descobrindo nova alegria de viver e preenchendo o vazio até então existente. Tenho para mim que a melhor maneira de evitar a depressão é encher-se do Espírito Santo e ocupar a mente com pensamentos fundamentados na Palavra de Deus, confiando no Senhor em todos os momentos da vida.

João Paulo Monteiro de Sousa, 43 anos, contador

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