JV - Fale-nos sobre sua vida familiar, onde nasceu, onde morou, sua formação...
Sou de 1969, nascido e criado no Leblon onde morei até que me casei com Denir, em 1991, mudando-me para Botafogo, bairro que deixei em 1999, residindo desde então aqui na Tijuca.
Sou ex-aluno da PUC, na Gávea, onde me formei em licenciatura em matemática, o que me rendeu o trabalho de professor em escolas da Zona Sul. Porém, o que me atraía mesmo era a informática e logo comecei a trabalhar com o desenvolvimento de programas de computador e reparo de microcomputadores. Voltei para PUC e me matriculei então no curso de pós-graduação em Análise, Projeto e Gerência de Sistemas. Com esta formação é que trabalho secularmente como minha principal fonte de renda.
Em março de 2002, atendendo a um chamado de Deus, me inscrevi no Curso Teológico Pastoral na UMESP, me formando em 2005 e obtendo o diploma de Graduação em Teologia pelo MEC no ano seguinte.
Minha última formação é o curso de psicanalista que me rendeu autorização para abrir um consultório que mantenho desde 2014, tendo como sócio o pr. Rafael Gomes, ex-pastor desta igreja.
JV - Conte-nos sobre sua experiência religiosa e porque/como decidiu ser pastor metodista.
Sou de família católica, religião que frequentei regularmente e bastante envolvido até me converter por volta dos 19 anos, por influência da minha então namorada, Denir. Desde então sou metodista, sendo o único da minha família que deixou o catolicismo. Sempre acreditei que um casamento se faz melhor quando ambos são da mesma religião. Assim, já no namoro decidi que o melhor seria que ou eu me tornasse metodista ou a Denir se tornasse católica. Assistindo a cultos na Metodista Central de Volta Redonda – cidade de origem dela – decidi-me por ser metodista. Entendo a leitura protestante do evangelho como muito mais coerente do que a leitura típica católica, recebida das missas. Converti-me a um Jesus que ainda não tinha conhecido completamente.
Por volta de 2001 entendi que Deus me chamava a dar um passo além de ser membro e professor de Escola Dominical. Ser pastor! Que era um desafio tanto para mim quanto para Denir. Aceitando o chamado, na certeza que Ele me guiaria e cuidaria, iniciei os necessários cursos e me apresentei ao Bispo Paulo Lockmann em dezembro de 2005.
JV - Como foi sua trajetória pastoral?
Como membro, após minha conversão, passei a frequentar assiduamente a Igreja Metodista de Copacabana, ficando lá por uns 4 anos, indo depois para a do Jardim Botânico, onde permaneci mais tempo, talvez 14 ou 15 anos ao todo. Enquanto aguardava a nomeação episcopal, deixei a Igreja do Jardim Botânico e me transferi aqui para Vila Isabel. No entanto, minha passagem aqui foi pouco percebida. Por um lado porque o Pr. Ronan pediu que eu ajudasse na congregação do Grajaú, onde fiquei por dois meses direto, e por outro lado porque logo saiu minha nomeação para assumir o pastorado da igreja do Vidigal.
Fui nomeado para a IM Vidigal (titular) em 2008, onde fiquei por 3 anos, saindo para ser ajudante na IM Tijuca, com o Pr. Elias e depois com a Pra. Giselma, ficando ao todo 7 anos com estes dois pastores.
Agora estou então no meu 11º ano como pastor, 3ª igreja, 2ª igreja como pastor ajudante.
JV - Para descontrair, quais são suas preferências pessoais?
Gosto de tecnologia, passando especialmente por aviação e missões espaciais. Fiz curso de piloto, não para exercer função, mas pelo prazer de pilotar.
Gosto de conversas e troca de ideias, mesmo as contraditórias. Havendo respeito às opiniões, são fonte de crescimento.
Valorizo a família entendendo que ela nos mantém e apoia. Daí que tenho prazer especial em ministrar para famílias e casais.
JV – E para encerrar, qual é sua mensagem para a Igreja de Vila Isabel?
Igreja é lugar de santos pecadores, que buscam ser cada vez melhores – ou menos piores – junto a Deus.
Nossa vida terrena é uma jornada sem fim em si mesma, mas objetivando novos crentes e o contato definitivo com o Pai.
Queremos fazer esta jornada juntos e bem. Amando e cuidando uns dos outros.
E que acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. (Colossenses 3:14).